Rei do Café mantém tradição de torrar e moer há 104 anos | Boqnews
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Santos

05 DE JULHO DE 2016

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Rei do Café mantém tradição de torrar e moer há 104 anos

Localizada no Centro Histórico, a casa mais tradicional de torrefação e moagem da cidade transforma o grão em café quentinho aos olhos dos fregueses

Por: Da Redação

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A matéria-prima que o estabelecimento de paredes amarelas e janelas verdes utiliza, na esquina das ruas Gonçalves Dias e Visconde de Vergueiro, no Centro Histórico de Santos se mantém como uma das protagonistas da história brasileira até hoje. Depois do petróleo, é a commodity mais vendida no mundo e o Brasil ainda detém o posto de maior produtor e exportador mundial, bem à frente do segundo colocado, o Vietnã.

A história do café é acompanhada desde 1912 pelo Rei do Café, casa santista criada antes mesmo da famosa Bolsa do Café ser inaugurada, em 1922. Diariamente, cerca de 600 quilos do grão são torrados e moídos de forma totalmente artesanal pelos proprietários José Reinaldo da Rema Alves e seu filho, Victor Mauri da Costa Rema.

O proprietário José Reinaldo da Rema Alves herdou a casa do pai e administra o negócio desde a década de 1980 (Foto divulgação)

O proprietário José Reinaldo da Rema Alves herdou a casa do pai e administra o negócio desde a década de 1980 (Foto divulgação)

Já na terceira geração, a paixão pelo café na família começou quando o português Joaquim Augusto Alves, pai de José e avô de Victor, chegou à Santos para ajudar Sebastião Menezes, que já possuía uma pequena loja no segmento. Na década de 1920, Joaquim tornou-se sócio proprietário e nos anos 1950 assumiu o negócio sozinho.

O Rei do Café trabalha somente com grãos vindos de Minas Gerais e São Paulo do tipo arábica, espécie considerada mais saborosa, rica em aroma, adocicada, ligeiramente ácida e que atualmente representa três quartos da produção mundial.

Todo o processo é feito do mesmo jeito de quando a casa foi inaugurada. O grão cru, de cor verde, é colocado num torrador fabricado há 65 anos, com capacidade para 150 quilos por vez. O equipamento é movido à queima de lenha de eucalipto, por isso é muito importante experiência no processo, já que uma chama mais forte pode queimar toda a leva.

Depois de cerca de 20 minutos ou dependendo da cor que se deseja obter (cafés do tipo gourmet são feitos com grãos mais claros) o café é resfriado a ar por cinco minutos. Do torrador, um duto carrega os grãos até dois moinhos diferentes, onde são moídos o café do tipo tradicional e o gourmet. Para preservar melhor propriedades e características, a embalagem utilizada é do tipo almofada, que evita a dispersão e mantém o produto protegido da umidade.

O cliente tem a opção de comprar o pó ou o grão, caso ele mesmo queria fazer a moagem, que pode ser mais fina para café expresso ou tradicional, se for feito no coador. Ou ainda degustar o café fresquinho no próprio local. “Muitas vezes vendemos e a embalagem ainda está quentinha. Nosso diferencial é que o freguês sabe que o café está sempre fresco e livre de galhos, insetos ou outros componentes que comprometem a qualidade final da bebida”, avalia o proprietário José Reinaldo.

Como mais uma opção para os amantes do café, o Rei lançará em breve o tipo Bourbon, considerada uma das melhores variedades de café arábica, com suavidade, textura achocolatada e sabor mais adocicado.

Presente nas refeições em família, confraternização com os amigos, intervalos no trabalho ou para obter energia, o café é uma forma de carinho que atrai pessoas de todo tipo há 104 anos na mesma casa santista de sempre.

Bike Coffee para eventos

Embora centenário, o Rei do Café pega carona nas novidades e por isso inaugurou no começo deste ano o Bike Coffee, carrinho adaptado a uma bicicleta para levar o café e bebidas derivadas a festas e eventos.

Rei do Café participa do Festival Santos Café de 8 a 10 de julho

Pelo segundo ano consecutivo, o Rei do Café participará do Festival Santos Café 2016, com uma aula para mostrar como transformar o fruto no cafezinho que tomamos todos os dias. A programação reunirá música, exposições, oficinas gastronômicas, intervenções artísticas, passeios turísticos, degustação de café e outras atividades.

 

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