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Maio Amarelo

09 DE MAIO DE 2019

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Robô exoesqueleto, que contribui na recuperação dos movimentos, chega a Santos

Equipamento será usado no tratamento de pacientes da Rede Lucy Montoro que, em 5 anos, já atendeu mais de 200 mil pessoas, oferecendo 9,5 mil órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção para munícipes da região

Por: Da Redação

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Em pé, fazendo movimentos de uma leve caminhada com auxílio do Lokomot (Robô exoesqueleto que facilita a locomoção em uma esteira).

Assim, a feição do rosto de Audrey Simões, de 33 anos, variava entre um sorriso tímido e emocionado.

Além disso, estava presente a seriedade necessária para fazer com que o smile que aparecia na tela do equipamento sorrisse para ela.

Isso sinaliza que os movimentos estão corretos. Portanto, quanto maior o sorriso do smile, melhor é o desempenho.

E a paciente – mesmo com a presença de muitos profissionais e da imprensa – seguia o caminhar, com as orientações da equipe que a acompanhava.

Sobretudo, com a seriedade e serenidade de quem sonha pela recuperação.

 

Já se passaram 1 ano e 8 meses desde que Audrey teve um AVC.

Ao falar sobre a experiência de ter novamente a sensação de caminhar com os movimentos corretos, Audrey conta, emocionada, o quanto está feliz com a novidade e a possibilidade de ter mais avanços.

Hoje, Audrey – que também apresenta um pouco de dificuldade na fala – caminha com ajuda de órteses.

Para ela e muitos outros pacientes, é mais uma esperança de uma melhora significativa.

“Sei que ficarei com algumas sequelas, mas o importante é que aos poucos estou melhorando. Estou muito feliz, muito feliz”, conta emocionada.

Para o marido Celso, que está ao lado da mulher nesta árdua caminhada, é emocionante acompanhar o avanço. “Ela está sempre buscando novidades”, conta.

5 anos de existência

O procedimento foi realizado para marcar a inauguração do robô exoesqueleto na Rede Lucy Montoro, em Santos.

A unidade celebra 5 anos. Nesse período, já passaram pelo centro de atendimento mais de 200 mil pacientes.

Os casos variam desde amputação à má formação. Além disso, são tratadas lesões encefálicas, paralisia cerebral e crianças com síndrome de down.

A nova tecnologia é composta por um suporte que sustenta a cintura pélvica do paciente e duas órteses para os membros inferiores.

O equipamento possibilita, portanto, que ele utilize as articulações do quadril e do joelho, facilitando a locomoção em uma esteira rolante.

Em um painel é possível acompanhar a evolução do paciente. Além disso, na tela em frente a esteira, um smile aparece demonstrando se os movimentos estão corretos ,ou se ainda precisa melhorar.

De acordo com o diretor da unidade Celso Vilella Matos, este equipamento traz um grande avanço para a região.

“No Brasil temos pouquíssimos equipamentos como este. Ele suporta o peso das pessoas, fazendo com que os pacientes consigam caminhar na esteira. É importante tanto para desenvolver a marcha como para aprimorá-la, facilitando a reabilitação”, explica.

O exercício no equipamento depois é complementado com atividades tradicionais da equipe de fisioterapia. Dessa forma, colaborando com a memorização e fixação dos movimentos corretos. 

Maio Amarelo

Nesta data e local, não poderia ficar de fora o Maio Amarelo.

Com um número cada vez maior de carros, motos, caminhões, bicicletas e outros modais que estão surgindo como os patinetes, o trânsito fica cada vez mais perigoso.

E, infelizmente, o número de vítimas continua alto. Além disso, os motociclistas são os mais atingidos.

Segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (9) pela Unidade Lucy Montoro, 85% das vítimas de acidentes de trânsito atendidas eram motociclistas.

Sendo que 83% dos casos aconteceram em homens na faixa dos 30 anos.

Deste grupo 50% das vitimas sofreram traumatismo craniano, 33% amputação e 17% tetraplegia.

Ainda segundo o levantamento, 15% dos pacientes atendidos foram vítimas de atropelamento.

“Como pode ver, as sequelas não são pequenas e as pessoas demoram para se reabilitar num faixa etária ativa e jovem”, ressalta Celso Villela. Ele destaca também que, normalmente, a causa do acidente é a imprudência no trânsito, o que muita vezes poderia ser evitado.

“O ideal é começar o tratamento o mais rápido possível e cada paciente tem um tempo aqui na unidade. Mantemos a pessoa enquanto registramos avanços. Quando estaciona ele é liberado”, explica Celso.

 

 

Foi o que aconteceu com Pedro Santana, que trabalha com elétrica e hidráulica. Há três anos, Santana sofreu um acidente de moto, na marginal Mirim.

Com a colisão teve a perna direita amputada. “Estou me adaptando rápido. Foram sete meses de tratamento aqui na unidade e agora continuo em casa, fazendo os exercício, e trabalhando,” conta Pedro.

Ele completa 5 meses com a prótese e já foi liberado, indo à unidade apenas para acompanhamento.

“Fiquei mais lento, não consigo correr, nem levantar rapidamente, mas faço as mesmas coisas de antigamente. No trabalho tenho que ter mais atenção, as coisas são mais lentas, mas dá para fazer tudo. Menos correr”, explica o senhor de sorriso fácil.

Como receber o tratamento?

Interessados em receber tratamento devem acessar o site lucymontorosantos.org.br, preencher o formulário e entrega-lo pessoalmente na unidade.

Ou ainda enviar para o e-mail [email protected] A unidade está localizada na Rua Alexandre Martins, 72 – bairro Aparecida.

 

 

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