Pelo menos 132 moradores de Santos morreram por Covid-19 nos primeiros 15 dias de abril.
O número é praticamente igual ao total de vítimas pela doença no mês passado: 133.
Portanto, o total de mortes em Santos apenas na primeira quinzena deste mês representa 9,64% do total de pessoas que perderam a vida para a Covid-19 desde o início da pandemia, em março do ano passado (veja quadro).
E tais números podem ser ainda maiores, pois existem 59 mortes que ainda não foram confirmadas se foram decorrentes do vírus.
Até dia 15, Santos registrou 1.369 mortes pela doença – com taxa de mortalidade de 319,61, conforme estudos da Abramet – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
O cenário é semelhante ao que ocorre no Brasil, que na última semana registrou 21.108 mortes, um recorde, conforme o levantamento (veja quadro abaixo).
Vale lembrar que o mês passado foi o vice-líder em mortes pela doença em Santos, desde o início da pandemia.
Aliás, conforme a associação, somente nos últimos 7 dias avaliados (de 7 a 14 de abril), o total de mortes neste período bateu recorde desde o início do levantamento: 107 pessoas morreram em Santos – média de 15,28 mortes/dia. (veja quadro)
Com estes números, Santos está atrás apenas das cidades de Manaus e Rio de Janeiro, respectivamente, com as maiores taxas de mortes pela cidade entre os 95 municípios com mais de 300 mil habitantes do Brasil.
Média de 319,61 por 100 mil habitantes.
Ou seja, 0,3% da população santista perdeu a vida para a doença em pouco mais de um ano da pandemia.
Na Baixada Santista, os números não são tão diferentes.
A região registrou 189 mortes no período de uma semanas apenas pela doença, também um recorde.
Pior mês
No entanto, caso o ritmo de mortes permaneça no atual patamar, abril será o mês mais letal para vítimas da Covid-19.
Afinal, a média de mortes diária atual chega a 9,64 santistas apenas para essa doença.
Número superior à média de junho do ano passado, quando 211 pessoas morreram pela doença ao longo dos 30 dias – com média de 7,03 mortes/dia.
Na ocasião, a taxa de ocupação de leitos de UTIs chegava a 59% – e o pico de mortes ocorreu em 24 de junho, com 15 mortes.
No último dia 9, foram 27 óbitos confirmados.
E a taxa de ocupação das UTIs hoje está em 80%.
Com a retomada das atividades comerciais a partir de domingo, com maior circulação de pessoas, há preocupação das autoridades da área de saúde da ocupação de leitos crescer a curto prazo.