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07 DE OUTUBRO DE 2022

Mais ênfase às ideias

Por: Humberto Challoub

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Até o próximo dia 30, período reservado ao segundo turno das eleições, o foco principal na corrida presidencial entre Lula (PT) e Bolsonaro (PSDB) – e nas disputas estaduais onde ainda não ocorreram a definição de governadores – concentra as atenções dos eleitores, que se voltam agora para uma análise mais aprofundada em torno das propostas a serem apresentadas pelos candidatos visando a condução dos destinos do País e de seus estados nos próximos quatro anos.

Com tempos equânimes no rádio e na televisão e a possibilidade do confronto de ideias nos debates a serem promovidos nos principais veículos de comunicação, eles poderão agora apresentar e elucidar seus projetos de governo, detalhar os compromissos assumidos com os vários segmentos da sociedade e, sobretudo, revelar as linhas e princípios que irão reger o convívio político com os parlamentares escolhidos para ocupar cadeiras no Congresso Nacional.

Nesse sentido, os dias que antecedem a realização do segundo escrutínio serão fundamentais para delinear com maior clareza o real perfil dos candidatos, a coerência de seus discursos, a consistência ideológica contida em suas proposituras, suas biografias e a capacidade de cada um na apresentação de soluções viáveis para o enfrentamento dos principais problemas que afetam o Brasil, especialmente no tocante às questões sociais.

Mais do que ataques mútuos, os eleitores desejam que seja dada ênfase aos temas pertinentes aos interesses da população, sobretudo os que demandam maior entendimento e aprofundamento na abordagem.

Explicitar projetos, ideias e definir as políticas estratégicas a serem adotadas para as áreas de educação, saúde pública, segurança, geração de empregos e renda, investimentos em infraestrutura, reformas tributária e administrativa devem representar muito mais do que simples motes de campanha, mas sim compromissos factíveis a serem assumidos e posteriormente cumpridos.

O eleitorado aos poucos vem ampliando sua capacidade crítica e já está menos suscetível aos efeitos midiáticos e da propaganda eleitoral.

As experiências passadas permitem ao eleitorado olhar com desconfiança às retóricas fáceis e populistas, suspeitar dos discursos milagreiros e absorver o entendimento de que as conquistas almejadas para a sociedade brasileira somente serão possíveis com planejamentos de médio e longo prazos.

Também já se pode mensurar a repulsa dos eleitores à arrogância de pseudos donos da verdade, ao uso de factóides, às calúnias e difamações lançadas às vésperas do comparecimento às urnas. Dos candidatos, portanto, há se se exigir o comportamento altivo e responsável inerentes aos cargos que pleiteiam.

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

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