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Opiniões

29 DE MARÇO DE 2018

Unir esforços contra o crime

Por: Humberto Challoub

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Comando da segurança pública passa para as mãos da União. Intervenção militar visa coibir escalada de violência

Os recentes episódios de violência no Rio de Janeiro, que têm produzidos várias mortes de inocentes e, na última semana, ganhou notoriedade internacional pelo cruel assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes têm posto em xeque a real capacidade das Forças Armadas convocadas pelo Governo Federal para combater as quadrilhas que comandam o tráfico de drogas nos conjuntos de favelas localizados nos morros daquela cidade.

Há um pouco mais de mês da decretação da intervenção federal na segurança pública do Estado, a criminalidade continua protagonizando ações violentas contra a população, com a morte de inocentes, queima de veículos de transporte público e ataques letais contra policiais.

Entrincheirados em posições estratégicas e, na maioria das vezes, dispondo de modernos sistemas de informação, os traficantes agora demonstram audácia e disposição de resistir às ações militares, colocando em dúvida a real capacidade do Estado em restabelecer a ordem e o controle policial nas comunidades. Revelam agora uma pretensão nunca vista para manter seus domínios das áreas utilizadas para comércio de drogas.

Transformadas em verdadeiros guetos, as comunidades foram dominadas pelos comandos criminosos e passaram a ser geridas por leis próprias, com total desprezo às regras que normatizam a vida em sociedade.

O País não pode aceitar passivamente a continuidade dessa barbárie e, por isso, deve agora promover e patrocinar todas as ações necessárias para por fim ao domínio da criminalidade, sob o risco de ver desacreditada a competência.

A mobilização da população e a união de esforços nas esferas municipais, estaduais e Federal tornam-se imprescindíveis para o sucesso na guerra contra o crime organizado, iniciativa que, pelo que se vê, conta com o apoio irrestrito da sociedade civil.

Apesar de o presidente Michel Temer ter anunciado a liberação de R$ 1 bilhão para uso na intervenção militar no Rio, sabe-se que esse valor é insuficiente e está muito aquém do solicitado pelo interventor federal, general Walter Braga Netto, que diz precisar de R$ 3,1 bilhões para manter a operação, cobrir dívidas com fornecedores e pagar salários devidos aos profissionais área de segurança pública.

Torna-se imperioso, neste momento, o sacrifício de todos para assegurar o restabelecimento da ordem e a introdução de novos paradigmas no trato dessa questão, com a implementação de medidas legais e sociais dirigidas a reconquistar a credibilidade das populações residentes nas comunidades hoje controladas pelo tráfico e milícias armadas, que ao logo de décadas foram negligenciadas e subtraídas do direito à cidadania por administrações públicas incompetentes e corruptas.

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