Voto guiado pela rejeição | Boqnews
Foto: Divulgação

Opiniões

26 DE OUTUBRO DE 2018

Voto guiado pela rejeição

Por: Humberto Challoub

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Com o fim do período reservado à propaganda eleitoral, os brasileiros voltam às urnas neste domingo (28) para escolher o futuro presidente da República que comandará o País nos próximos quatro anos, bem como governadores nos estados onde houve necessidade de realização de pleito em segundo turno, como é o caso de São Paulo.

Polarizadas por posições contrastantes e radicais, as campanhas pouco contribuíram para o entendimento dos projetos e programas defendidos pelas candidaturas, porém foram eficientes para alimentar sentimentos de contrariedade e rejeição.

Diante da configuração de um cenário maniqueísta e antagônico, restou à grande maioria dos eleitores apenas a opção de votar contra o candidato indesejado, mesmo sem a convicção de que ele poderá implementar efetivamente planos e ideias que contribuam para a melhoria das condições de vida da população.

No atual contexto, aos vencedores da disputa caberá entender que, apesar da obtenção da maioria dos votos registrados nas urnas eletrônicas, eles terão que vencer a desconfiança dos eleitores sobre os reais propósitos e intenções que guiaram suas candidaturas de forma a conquistar a governabilidade que o País necessita para apaziguar as divergências sociais geradas pelos conflitos éticos e morais suscitados pelos posicionamentos divergentes que sustentaram as retóricas eleitorais.

Mesmo que imperfeito, havemos de reconhecer que o regime democrático é o único sistema político capaz de legitimar o desejo da maioria, mesmo que, por vezes, essas escolhas não resultem no melhor para o bem comum.

Mais do que nunca, portanto, é necessário o entendimento de que, seja quais forem os candidatos escolhidos, caberá ao cidadão comum fiscalizar os atos dos futuros mandatários, contribuir para a união de esforços visando assegurar a retomada do desenvolvimento econômico e sociais do País e, sobretudo, manter-se vigilante para garantir que seus direitos fundamentais, como as liberdades de expressão, de imprensa, de credo e opção de gênero sejam preservadas sob a ótica do respeito aos valores de humanidade.

Não há de se esperar por milagres ou soluções simplistas para a resolução dos principais problemas que afetam a população há décadas, especialmente nas áreas da saúde, educação, segurança e geração de empregos.

Contudo, torna-se imprescindível exigir dos eleitos ações efetivas nessas áreas e, principalmente, que assumam o compromisso de respeito às instituições e aos preceitos constitucionais que balizam nossa democracia.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.