Ele compete na difícil prova de Omnium, que reúne seis corridas, três em cada dia, para definir o competidor mais completo do velódromo, sendo o único representante brasileiro
Bronze no Pan de Toronto, o brasileiro Gideoni Monteiro está muito próximo de confirmar a sua vaga nos Jogos Olímpicos do Rio. Após a terceira e última etapa da Copa do Mundo de Pista, encerrada neste domingo (17), em Hong Kong, na China, o ciclista da equipe Memorial-Santos/Fupes segue na zona de classificação, ocupando a importante 13ª posição (com descarte).
Ele compete na difícil prova de Omnium, que reúne seis corridas, três em cada dia, para definir o competidor mais completo do velódromo, sendo o único representante brasileiro. Na disputa chinesa, Gideoni terminou na 17ª posição, depois de ficar no top 10 no primeiro dia da competição.
No sábado, abriu com um 14º lugar no Scratch, foi o oitavo na perseguição individual (uma de suas especialidades) e o décimo na eliminação. No domingo, terminou em 20º no 1km Time Trial, em 19º na Flying Lap e em 15º na Corrida por Pontos.
Agora, o ciclista da Memorial e da seleção volta suas atenções para o Campeonato Mundial de ciclismo de pista, em Londres, na Inglaterra, entre os dias 2 e 6 de março. Na próxima semana, estará junto com a seleção brasileira em Maringá (PR) treinando para esta competição, a última valendo pontos para o ranking olímpico.
Os 18 países mais bem colocados no ranking têm direito a levar um atleta para as Olimpíadas. Atualmente, o Brasil, representado exclusivamente por Gideoni, é o 15º colocado na Omnium e com os descartes, passa para o 13º lugar. Apesar de bem posicionado, Gideoni prefere aguardar o ranking final. “Quando a lista estiver definida e eu for um dos classificados, aí sim vou pensar na Olimpíada”, disse.
Garantindo a vaga, Gideoni será o segundo ciclista da Memorial, numa olimpíada. Nos Jogos de 2004, em Atenas/Grécia, Marcio May competiu na estrada. Para o diretor-técnico da equipe Memorial, Cláudio Diegues, a situação de Gideoni é muito positiva e a conquista da vaga será importante para o desenvolvimento da modalidade.
Ele também destaca a relevância para a equipe santista, em sua 17ª temporada, com os mesmos patrocinadores, a parceria da Memorial Necrópole Ecumênica, um dos maiores patrocinadores de esportes na região, e a Prefeitura de Santos, através da Fundação Pro-Esportes, desde o ano 2000.
“Essa vaga representa a consolidação da equipe, hoje a mais tradicional do ciclismo, de fazer um trabalho sério nesses 16 anos. O fato de conseguimos manter um atleta e tê-lo nas Olímpiadas é fundamental para o nosso processo de desenvolvimento das categorias de base, que a gente tem. É aquele dito espelho, que a gente quer realizar na concepção da palavra. Ter dentro dos nossos quadros atletas que representam muito para quem está surgindo. E isso é importante para a equipe, para Santos, para o Brasil”, comenta Diegues.
Quem também enaltece o desempenho de Gideoni é o empresário Pepe Altstut, que há mais de 30 anos patrocina atletas de alto rendimento, nomes que já defenderam e conquistaram títulos para Santos e para o o Brasil em várias partes do Mundo. “É muito bom ver que o trabalho gera resultados tão positivos, e que podemos ter mais uma atleta representando a nossa cidade, o nosso país, no momento máximo do esporte”, diz Pepe, que já praticou ciclismo.