O primeiro pode não ser o maior, mas certamente nunca será esquecido. Só por isso, o Santos já entrou para a história, ao conquistar, no domingo (18), a primeira edição da Copa Libertadores da América de Futebol Feminino. Na decisão, disputada em uma Vila Belmiro com uma lotação a dar inveja ao time profissional (quase 15 mil pessoas), as Sereias aplicaram uma nova goleada, dessa vez por 9 a 0, sobre a Universidad Autonoma, do Paraguai, e garantiram que o troféu máximo do torneio ficasse na Baixada Santista.
O primeiro tempo, embora equilibrado até certo ponto, teve um domínio muito maior das santistas. Não tardou para que Maurine, após cruzamento de Marta, abrisse o marcador, aos 13 minutos. Aos 16, a melhor do mundo cobrou falta com perfeição, ampliando o placar e dando enorme tranquilidade às Sereias, que, aproveitando o abatimento das paraguaias, dominaram a posse de bola quase que integralmente.
Na segunda etapa, as meninas da UA não tiveram nem como respirar. Aos 2 minutos, Marta tabelou com Dani, que cruzou para Érika escorar a bola para as redes, ampliando a vitória. Vitória que virou goleada aos 5 minutos, com uma bobeada da goleira Gloria Rodriguez, que deu as bolas nos pés de Fran. A santista arrematou de primeira, fez o quarto tento do Santos no confronto e ouviu a torcida gritar “é campeão”.
E a festa começou em campo. Thaís, que substituiu a titular Cristiane, suspensa após expulsão no jogo anterior, contra o Formas Íntimas, aproveitou a sobra de um escanteio e marcou o quinto das Sereias, com 9 minutos do segundo tempo. Érika, aos 11; Suzana, aos 25; Dani, aos 32; e Ketlen, aos 38, completaram o massacre e garantiram que a primeira Libertadores da América Feminina era mesmo do Peixe.
A conquista veio de forma invicta e irrepreensível: 100% de aproveitamento, 43 gols feitos em seis jogos e apenas dois sofridos. Além disso, o time teve a artilheira (Cristiane, 15 gols) e a vice (Marta, 7 gols) da competição.