Na praia do Gonzaga, ao lado da Praça das Bandeiras, dois escultores fazem graça para os santistas e turistas ao ‘dar vida’ à areia com a criação de figuras ilustres do Mundial, como o craque Neymar e mascote Fuleco. A exposição de esculturas de areia, que leva o nome Santos na Copa, poderá ser visitada pelo público até 14 de julho.
Os artistas Marcio Santhos e Alan Rosa são os responsáveis pelas obras. A escultura do Museu Pelé, recém-inaugurado na cidade, também já faz parte da mostra, e segundo Santhos levou um dia todo para ser feita, ao contrário do Fuleco, criada pelo irmão em oito horas. “Arquitetura e rosto de mulher são as mais difíceis de fazer”, disse.
Da areia surgiram as figuras de gato, leão, torcedora, sereia, crocodilo (uma dos maiores) e tubarão. Mas até o final da exposição há promessas de mais novidades. “Vamos fazer a escultura da taça do Mundial, do Pelé em tamanho natural, de um castelo indiano e de um tigre, que está quase pronto”, garantiu o escultor Santhos.
“Fazer essa exposição aqui em Santos durante a Copa tem um valor incalculável. É uma grande oportunidade de mostrar nosso trabalho e faz com que eu me sinta um pedacinho da Copa”, disse o artista, enquanto mostrava as gorjetas recebidas de turistas da Venezuela, Índia, México, Japão, Suíça, Argentina e China.
Desafio
As esculturas de areia não levam nada além de água, “mas tem que ser doce e não do mar”, explica o artista. A técnica principal consiste em não ‘apertar’ demais a areia e nem deixá-la ‘solta demais’, conforme explicou. Porém, o maior desafio é a manutenção, pois um esbarrão ou vento podem danificar o trabalho. Por isso eles estão sempre com uma faca (caseira) e borrifador com água para refazer os acabamentos. “E com a esponja tiramos o excesso de água da escultura”.
A profissão, que começou como uma brincadeira na praia há cinco anos, já levou os irmãos para inúmeras praias do Brasil, e até para outros países, como Panamá, Estados Unidos e México.
Opiniões
“É uma forma de arte diferente e dá uma atenção para a Copa, ainda mais porque a cidade sedia duas seleções. Em Santos, a gente sempre encontra algo a mais num passeio”. (Erica Aparecida de Oliveira, 21 anos, do bairro Bom Retiro)
“A exposição está excelente porque é uma arte sem agredir a natureza e eu valorizo as pessoas que têm essa habilidade manual. Eu já tinha visto esculturas de areia, mas não tão grandes como essas”. (Manuel Ramires, 67, turista da Costa Rica)