O Museu do Café inaugura, no dia 10 de dezembro, a nova exposição temporária. A curadoria apresenta a indústria das sacarias e sua história, bem como o processo técnico para transformação da juta e seu impacto no mercado atual. A cerimônia de inauguração tem início às 19h30 e conta com entrada gratuita. A exposição permanece em cartaz até o dia 4 de abril de 2016.
A curadoria retrata a histórica relação entre a juta, que é a matéria-prima das sacas, com o café. O período abordado nos três módulos compreende o final do século 18 até os dias atuais. E para ilustrar isso, a exposição é dividida em salas que retratam desde a história da juta no Brasil e no mundo, passando pelo processo de produção e industrialização das sacas, e chegando ao mercado e sustentabilidade.
O primeiro módulo da exposição apresenta o início da comercialização em grande escala e industrialização da juta no final século 18, formando núcleos de tecelagem importantes na cidade de Dundee (Escócia) e Calcutá (Índia). Aqui também é explicado como se deu o surgimento das indústrias de juta no Brasil e o início da plantação da juta e malva na região amazônica. Esse percurso é composto de textos, imagens, um vídeo e objetos utilizados na indústria, provenientes do acervo do instituto Dundee Heritage Trust (Escócia), imagens do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas e uma máquina de costura do acervo do Museu do Café.
Na sequência, a exposição aborda o tema da planta à saca, relatando o processo de produção e industrialização que transforma as fibras das plantas de juta e malva em fios e depois em sacaria. Para ilustrar ao público, aqui a curadoria apresenta amostras de jutas em diferentes etapas de processamento, cedidas pela Companhia Têxtil Castanhal, além de textos e imagens.
No último módulo da exposição, o público conhece mais sobre o mercado da sacaria de juta após a introdução das fibras sintéticas e transformações na logística, ressaltando também a importância do conceito de sustentabilidade em que a produção e industrialização da juta está inserida por meio de textos, imagens e produtos feitos a partir de juta da Companhia Têxtil Castanhal.
O Museu do Café fica à rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado das 9 às 17 horas, e aos domingos entre 10 e 17 horas. Os ingressos para visitação custam R$ 6, estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. Aos sábados, a visitação é gratuita. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado das 9 às 18 horas, e aos domingos entre 10 e 18 horas. Outras informações estão disponíveis no site.