O dia 2 de setembro é marcado pelo dia do repórter-fotográfico.
A data deve-se ao trabalho executado por Roger Fenton (1819-1869), que em 1855 publicou as primeiras fotos da Guerra da Crimeia no jornal inglês Daily Herald.
Apesar de ter estudado Direito, Fenton viu nas fotos uma forma de mostrar a realidade ao mundo provando como as imagens muitas vezes valem mais que mil palavras.
Dessa forma, sua importância é tanta que ele fundou a Photographic Society (depois designada Royal Photographic Society) em 1853.
Assim, se tornou o primeiro fotógrafo oficial do Museu Britânico em 1854.
Para falar sobre o tema, o Jornal Enfoque – Manhã de Notícias de hoje (2) trouxe profissionais que uniram a história, tecnologia e os desafios da profissão.
Dessa forma, participaram do programa os jornalistas e repórteres-fotográficos Luiz Nascimento, também professor de Fotografia no curso de Jornalismo da Unisanta.
Além de Leandro Amaral, também empresário do setor.
Com dados históricos, Nascimento retratou a origem da data, trazendo dados, imagens e curiosidades sobre o trabalho do repórter-fotográfico.
“Roger Fenton registrou o primeiro recorte fotográfico de uma guerra”, salientou Nascimento.
Futebol e desastres
Assim, Amaral foi um dos quatro repórteres-fotográficos que esteve no Japão durante a final do Mundial entre Santos e Barcelona, em 2011.
“Foi uma das coberturas mais marcantes”, destaca.
Além disso, ele falou dos avanços tecnológicos, onde muitas ainda tem dúvidas sobre o futuro das máquinas fotográficas em razão do avanço da qualidade dos celulares.
“As máquinas fotográficas permitem imagens que mesmo as melhores câmeras de celulares não conseguem”, salienta.
Não bastasse, Amaral também falou sobre os limites que os profissionais devem ter para evitar tragédias, especialmente em coberturas como incêndios, enchentes, tiroteios e guerra.
Assim, relembrou, por exemplo, a tragédia que ocorreu com a queda da aeronave que transportava o então candidato à presidência, Eduardo Campos, em agosto de 2014, ocorrida em Santos, no litoral paulista.
“Estava próximo e fui um dos primeiros a chegar”, relembra.
Assim, ele recorda o episódio onde os moradores de um prédio de três andares no Boqueirão era evacuado sobre suspeita de queda logo após o choque da aeronave.
No entanto, tal fato não ocorreu posteriormente.
“Na ocasião, não sabíamos os riscos. Acabei não fazendo a foto que queria e depois vi as imagens no Fantástico (da TV Globo). É uma decisão difícil para sabermos até onde podemos ir e assim garantir nossa segurança”, destacou.
Programa completo
Confira o programa completo