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25 DE SETEMBRO DE 2019

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O que os pais precisam saber antes de dar um dispositivo eletrônico às crianças

A partir dos 2 anos e até os 5 elas podem manusear telas, como as de smartphone e tablets, mas é necessário um limite de 1 hora por dia

Por: Da Redação

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O Dia das Crianças, celebrado no dia 12 de outubro, é uma das comemorações mais tradicionais no país, e neste ano o comércio tem boas expectativas para a data.

No entanto, foi-se o tempo em que os lojistas viam os pequenos espernearem por bonecas e carrinhos.

É claro que esses presentes “analógicos” continuam visados, principalmente se forem bonecos de super-heróis ou princesas, por exemplo.

Mas é fato que as crianças estão cada vez mais ligadas nos dispositivos eletrônicos, como tablets e smartphones, e isso tem acontecido de forma precoce.

Cada vez mais cedo as crianças são colocadas em contato com as telas. Muitos pais e responsáveis, para tentar acalmar os pequenos, acabam permitindo que eles fiquem na telinha por longas horas, o que a longo prazo pode ser prejudicial.

É claro que muitos adultos pensam em colocar os pequenos em contato com desenhos e joguinhos que estimulam a criatividade, por exemplo.

Ou seja, eles entendem que os tablets e smartphones podem ter fins educativos e ajudar no desenvolvimento intelectual e cognitivo das crianças.

Muitos psicólogos e pediatras, no entanto, alertam sobre a necessidade de controlar não apenas o conteúdo ao qual as crianças têm acesso, mas também a quantidade de horas em frente à tela.

 

Dos 2 aos 5 anos, crianças podem manusear telas, como as de smartphone e tablets, mas é necessário um limite de 1 hora por dia. Foto: Divulgação

 

O que dizem os especialistas sobre o uso de eletrônicos

Muitos cientistas que pesquisam a relação entre as crianças e o uso de dispositivos eletrônicos dizem não haver evidências concretas que apontem um efeito maléfico das tecnologias no desenvolvimento das crianças.

Sendo assim, não se pode alegar, necessariamente, que ao usar um tablet a criança terá um desenvolvimento intelectual e cognitivo tardio ou com algum problema.

Para outras correntes da ciência, no entanto, o uso de tecnologias no dia a dia das crianças pode sim estar associado a problemas no desenvolvimento infantil.

Em 2014, por exemplo, pesquisadores do Hospital de Nova York descobriram que crianças que brincavam com jogos não educativos tinham mais dificuldade de fala, não conseguindo se expressar bem verbalmente.

Mais recentemente, pesquisadores norte-americanos e canadenses publicaram um estudo no JAMA Pediatrics apontando que os tablets e smartphones têm sim efeitos maléficos no aprendizado cognitivo dos pequenos e que isso também se reflete na sociabilidade.

Ou seja, crianças que passam muito tempo em frente a uma tela têm mais dificuldade de conviver em grupos e de fazer amigos, por exemplo.

 

Crianças devem ter contato com os aparelhos tecnológicos?

De forma geral, pediatras e psicólogos alegam que não é necessário excluir completamente as crianças do mundo digital e não é preciso criá-las sem qualquer contato com smartphones e computadores, por exemplo.

Na verdade, é de extrema importância que as crianças aprendam a conviver com essas tecnologias e que saibam manuseá-las, afinal, na escola, na universidade e no mercado de trabalho, elas terão que fazer uso desses dispositivos.

Portanto, negar-lhes esse contato pode ser problemático no futuro.

A grande questão que os pais devem medir é quando iniciar seus filhos nas tecnologias, e com quais fins e a quantidade de horas eles poderão ter acesso a esses dispositivos.

 

Com qual idade permitir o acesso da criança?

Segundo a Associação Americana de Pediatria (AAP), crianças menores de 18 meses não devem ter qualquer acesso aos dispositivos digitais.

Entre um ano e meio e dois, as crianças já podem começar, por exemplo, a assistir televisão acompanhadas dos pais.

A partir dos 2 anos e até os 5 elas podem manusear telas, como as de smartphone e tablets, mas é necessário um limite de 1 hora por dia.

A partir dos 6 anos, a AAP recomenda apenas que o sono das crianças seja preservado, ou seja, os pais podem decidir livremente quanto ao uso dos dispositivos, desde que preservem o repouso noturno.

 

Como usar os tablets e smartphones

Os especialistas em saúde infantil recomendam que as crianças façam uso dos tablets, computadores, celulares e televisão para fins educativos.

Ou seja, elas podem assistir a desenhos e jogar, por exemplo, desde que os games e produtos televisivos sejam compatíveis com a idade e que incentivem o aprendizado.

Também é de extrema importância que, após o uso dos dispositivos eletrônicos, as crianças realizem outras atividades que estimulem a criatividade e o desenvolvimento cognitivo e social.

Ou seja, elas devem brincar, correr, ler e fazer atividades físicas.

É necessário ter em mente, segundo os especialistas, que as tecnologias são importantes ferramentas para o desenvolvimento infantil, mas elas devem ser usadas de forma adequada e sempre com o controle dos pais.

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