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Literatura

08 DE DEZEMBRO DE 2016

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Racismo encerra roda de Literatura e Mullheres na Realejo

Mediado por Lia Rangel encontros devem recomeçar em fevereiro com novo formato

Por: Da Redação

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Encarando o Racismo nosso de cada (e todo) dia ou As Histórias de uma, são as histórias de todas. Estas temáticas encerram – pelo menos neste ano – o ciclo de oficinas “Literatura e Mulheres: histórias que libertam”, que acontece no segundo piso da Livraria Realejo. Há três quintas, a partir das 19h, mulheres se reúnem para debater , conversar, ler e ouvir histórias escritas por mulheres, com uma perspectiva feminista sobre o mundo.

mulheres negras

Neste último encontro participam Preta Rara e Bianca Santana (nesta ordem na foto). Bianca é paulista, professora, jornalista e escritora. No ano passado, após “rasgar-se viceralmente”, como ela mesma conta, libertou 28 histórias sobre a descoberta de precisar buscar sua identidade e enfrentar o preconceito e o racismo cotidiano que faz parte da nossa realidade “miscigenada”, mas bem pouco igualitária. “Quando me descobri negra” é o nome do livro – e também do primeiro conto que dá início aos breves e potentes relatos que traz o racismo “nada sutil” que permite com que todos os dias negras sejam tratadas como serviçais e homens negros como criminosos – entre outras situações.

>Já Preta, rompeu com a saga iniciada por suas ancestrais desde que colocaram os pés em solos brasileiros, de servir os lares das famílias brancas (inicialmente como escravas, e atualmente como domésticas), para formar-se professora de história e tornar-se artista. É rapper, compositora e música. Esse ano, pensando nas histórias que precisava libertar de si, resolveu postar no Facebook alguns relatos de maus tratos vividos por ela no período em que trabalhou como doméstica. Os posts viralizaram, Preta criou uma página #EuEmpregadaDoméstica e em pouco menos de 24 horas mais de 40 mil curtidas e milhares mulheres passaram a compartilhar suas histórias, as de suas mães e avós. Está com campanha colaborativa no Catarse para lançar livro com os relatos.

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O ciclo de leitura

15230668_1320929197928992_6901047521900764164_nMediado e idealizado pela jornalista multimídia e articuladora de grupos de mulheres, Lia Rangel, os encontros surgiram por dois motivos principais. “Pela minha paixão pela literatura e pelas histórias. Há algum tempo, percebi, que mesmo sem ser intencional, eu vinha orientando minhas leituras por essa trilha das “mulheres”. E percebi o quão libertadora elas podem ser. Dai veio de encontro o projeto do Jose Tahan, diretor da Tarrafa e dono da realejo, de criar um projeto para o leitor, com foco em ampliar e incentivar o prazer pela leitura. Quando ele me falou, propus que criassemos esse ciclo! Um presente para mim, por poder compartilhar essa trilha incrível através das histórias de mulheres”, ressaltou Lia.

Para o próximo ano, Lia adianta que pretendem realizar – a partir de fevereiro – um encontro por mês do Clube das Leitoras: histórias que libertam. “Ainda não temos o formato fechado. Esse projeto pode acontecer por conta de um edital aprovado pelo MinC. A partir dessa experiência e articulação com as leitoras santistas, que foi surpreendente, vamos oficializar o clube para que possamos promover encontros, trocar livros, ou mesmo criar um sistema de entrega de livros (como um clube do vinho)”, explica. A ideia, segundo Lia é que cada participante faça uma assinatura e receba – em casa – um ou dois livros (escrito por mulheres). Desta forma poderão participar dos encontros e ainda ter desconto na compra de livros na Realejo.

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