A partir deste sábado (12) até o próximo (18), a Igreja, em todo o Brasil, celebra a Semana Nacional da Família.
Ela teve início em 1973 na Diocese de Santos, com as Equipes de Nossa Senhora.
Cada ano, a Coordenação Nacional destaca um tema que deverá ser objeto de atenção e reflexão em nossas comunidades.
Este ano, será comemorada com o tema: O Evangelho da família, alegria para o mundo.
Uma série de eventos serão realizadas pelas paróquias da Baixada Santista.
Isso inclui palestras, Hora Santa, Terço da Família, confraternização, dentre outros.
A Programação Diocesana inicia neste sábado (11) , com a Missa às 19h, na Igreja N. S. Aparecida, em Mongaguá, presidida por D. Tarcísio Scaramussa,SDB.
Há ainda as sessões solenes nas câmaras municipais em homenagem à família, que terão como orador D. Tarcísio.
Programação Diocesana
11/8 – Sábado – 19h – Missa de Abertura Diocesana – na Igreja N. S. Aparecida, em Mongaguá, presidida por D. Tarcísio Scaramussa,SDB, Bispo Diocesano. End.: Av. São Paulo, 1.679 – Centro.
12/8 – Domingo – Missa de Abertura nas Paróquias – Horários normais.
De 2ª a 6ª feira – Atividades Programação Paroquial.
13/8 – 2ª feira – 19h30 – Praia Grande – Sessão Solene na Câmara Municipal
14/8 – 3ª feira – 19h30 – Santos – Sessão Solene na Câmara Municipal
15/8 – 4ª feira – 19h30 – São Vicente – Sessão Solene na Câmara Municipal
16/8 – 5ª feira – 19h30 – Guarujá – Sessão Solene na Câmara Municipal
19/8 – Domingo – Encerramento nas Paróquias.
20/8 – 2ª feira – Itanhaém – Sessão Solene na Câmara Municipal.
21/8 – 3ª feira – Mongaguá – Sessão Solene na Câmara Municipal
22/8 – 4ª feira – Cubatão – Sessão Solene na Câmara Municipal
23/8 – 5ª feira – Peruíbe – Sessão Solene na Câmara Municipal
Artigo de D. Tarcísio Scaramussa sobre o tema da Semana da Família 2018:
“Anunciar o Evangelho da Família”
“Com a realização da Semana da Família ressaltamos todos os anos que a família é um valor fundamental para a vida humana. A realização do Encontro Mundial das Famílias com o Papa, na cidade de Dublim, na Irlanda, de 22 a 26 de agosto, se constituirá no grande acontecimento do ano a marcar o compromisso da Igreja com a família. O tema do encontro afirma que “a família é uma luz para a vida em sociedade”. Mais uma vez será proclamada para todo o mundo a convicção da Igreja de que a família é um dos campos privilegiados de sua missão. Em nossa Diocese, muitas iniciativas nas Paróquias serão realizadas para conscientizar sobre nossa missão de anunciar a boa nova da família, e a participação nas sessões das Câmaras Municipais em todos os Municípios serão uma forma de envolver e mobilizar toda a sociedade na promoção da família como valor fundamental (conf. P. 5).
Evangelho significa boa nova. Proclamar o Evangelho da Família é anunciar que ela é uma boa notícia para o mundo. O santo Papa João Paulo II dizia que “o futuro da humanidade passa pela família”, e o Papa emérito Bento XVI dizia que a família é um “patrimônio da humanidade”. O Papa Francisco em sua Exortação Apostólica A Alegria do Amor colocou em nossas mãos um documento de referência para compreender a realidade e os desafios atuais das famílias, para recordar os fundamentos bíblicos da mesma, e indicar caminhos para acompanhar, discernir e integrar a fragilidade da família nos dias atuais. Esta boa notícia continue, portanto, a ser anunciada como valor atual a ser preservado e promovido.
A família é um forte antídoto a um veneno da cultura atual, o individualismo. O ser humano nasce do encontro de duas pessoas diferentes, homem e mulher, e se desenvolve e cresce sempre no convívio com outras pessoas. A vida de cada indivíduo depende em tudo dos outros, tanto em sua sustentação física e biológica, mas também e especialmente em sua sustentação psíquico-afetiva e espiritual. E a família é o berço da criação de pessoas sadias e aptas para o convívio na sociedade, pessoas com capacidade de amar.
A família é um valor que precisa ser preservado e promovido. Para realizar esta tarefa, são necessárias ações sistemáticas e constantes por parte dos que acreditam neste valor.
Primeiramente, é preciso amar a família como um tesouro precioso a ser procurado com esperança e conquistado com trabalho e tenacidade. O envolvimento das forças vivas da sociedade é importante. Cada instância tem seu âmbito de responsabilidade, tanto o poder público como as instituições da sociedade civil, com destaque para as agências educacionais, culturais, religiosas e de comunicação que incidem fortemente na formação da consciência e da opinião pública. A presença de cristãos comprometidos nestas instâncias deve ser um fator diferenciado para promover a família.
O amor à família leva naturalmente ao anúncio de que ela é uma boa nova para a humanidade, uma forma sublime de convivência e de realização humana. Ao contrário da descrença muitas vezes demonstrada sobre o valor da família, devemos fazer ecoar o Evangelho da Família como alegria para o mundo. O Papa Francisco recorda que “não se deve renunciar a propor o ideal pleno do matrimônio”, e, ao mesmo tempo, com senso de realidade, sustentar a consolidação dos casais, buscando prevenir as rupturas e apoiando as situações nas quais esse ideal não pode ser realizado plenamente.
A família não se encontra pronta, e é necessário preparar-se para ela, e cultivá-la constantemente, como se cultiva um jardim, para que produza os frutos de convivência e de fecundidade que lhe são próprios. É necessário realizar melhor a educação das novas gerações para a família e subsidiar os casais com formação e acompanhamento constantes. Neste sentido, a Pastoral Familiar e os movimentos de casais são instrumentos importantes para a ação da Igreja.
É preciso também reconhecer os desafios da família nos dias atuais e as realidades de fragilidades, e amparar as famílias para que recuperem seu ideal original e possam superar as crises que as fragilizam. A cobrança de políticas públicas adequadas deve ser feita sempre. Também no campo pessoal é necessário cultivar a capacidade de diálogo, de respeito às diferenças, de ternura e compaixão, de perdão, como valores que se aprendem e se desenvolvem, possibilitando a vida na família e na sociedade, superando conflitos e construindo a paz.
Não nos esqueçamos de proclamar o Evangelho da Família e a convicção de que “a família é uma luz para a vida em sociedade”.