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Eleições 2022

15 DE FEVEREIRO DE 2022

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Para deputado Carlos Giannazi, ao se aproximar de Alckmin, Lula mira o Centro

Para o deputado do PSOL, Lula não precisaria selar acordo com o ex-governador Geraldo Alckmin para aproximar os eleitores do Centro.

Por: Fernando De Maria

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Terceiro deputado estadual mais votado nas últimas eleições, com 218.705 votos, o professor Carlos Giannazi (PSOL) reconhece que a confirmação da chapa unindo o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin só ocorrerá em razão do que representa o atual governo Bolsonaro.

Portanto, conforme divulgado na imprensa, a chapa Lula/Alckmin será oficialmente homologada em março.

Dessa forma, a tendência é que Alckmin se filie ao PSB, mas nada foi confirmado ainda.

“São forças antagônicas do passado que se unem agora”, salientou o parlamentar.

Assim, o motivo é um só: a possibilidade de eventual reeleição do presidente Bolsonaro coloca no mesmo campo dois nomes opostos, que chegaram a disputar a presidência da República nas eleições de 2006, com farpas públicas que até hoje reverberam nas redes sociais.

“Ao se aproximar de Alckmin, Lula mira o Centro, pois o apoio do campo progressista ele já tem. Mas ele não precisa provar nada. O mercado financeiro já o conhece por ele já ter sido presidente”, enfatiza.

Além disso, acrescenta:”O Lula é a segunda e terceira via. Não haverá espaço para uma terceira via”, enfatizou.

Assim, Giannazi foi entrevistado do programa Jornal Enfoque – Manhã de Notícias de hoje (16).

Dessa forma, ele falou sobre o cenário nacional e na eventual polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

“Acho que ele (Lula) escolheu mal o Alckmin. Existem outras pessoas que poderiam ocupar este espaço (de vice)”, dispara.

Além disso, enfatiza:”Não podemos esquecer que o Doria (João Doria, governador) e o Ricardo Salles (ex-ministro do Meio Ambiente) são crias dele”, acrescenta.

Deputado Carlos Giannazi falou sobre eleições 2022, universo PcD, e atuação da Assembleia Legislativa. Foto: Jornal Enfoque – Manhã de Notícias/Reprodução

Centrão

Dessa maneira, Giannazi reconheceu os riscos da aproximação do Centrão em um eventual governo Lula.

“Por isso, precisamos renovar, mudar o Congresso Nacional. Colocar deputados comprometidos com a população. O novo governo precisará governar com o povo brasileiro. Esse foi um dos grandes erros do PT, que não mobilizou a população, que culminou até no impeachment (da ex-presidente Dilma Rousseff)”, disse.

Assim, para ele, um governo popular e progressista deverá ter um vínculo forte com a população.

“Temos que ter o lobby do povo brasileiro, cobrando das autoridades sobre mais investimentos em áreas como Saúde e Educação, por exemplo”, diz.

“E taxar grandes fortunas no Brasil,  além do lucro das empresas. Isso tem que ser feito logo no começo de mandato”, salienta.

Ele defende revisão nas propostas trabalhista, previdenciária e no Teto de Gastos.

Deputado Carlos Giannazi falou sobre eleições 2022, universo PcD, e atuação da Assembleia Legislativa. Foto: Jornal Enfoque – Manhã de Notícias/Reprodução

São Paulo

Já em âmbito estadual, o deputado foi claro em destacar que a candidatura de Guilherme Boulos será viabilizada.

“Após três décadas, a esquerda tem uma chance histórica de chegar ao poder em São Paulo”, enfatiza.

Assim, segundo ele, pela primeira vez o PSDB vai “passar aperto” em São Paulo.

“Em razão do Doria, o PSDB está rachado”.

Por sua vez, três nomes progressistas são potenciais candidatos: Guilherme Boulos (PSOL), Fernando Haddad (PT) e Marcio França (PSB).

“Boulos teve quase 2 milhões de votos só na cidade de São Paulo (nas eleições de 2020). Vejo com bons olhos a possibilidade de grupos progressistas chegarem ao poder. E o Boulos está no páreo como nosso candidato”, diz.

Além disso, o deputado analisa qual o rumo tomará nas eleições de outubro.

Ou seja, se tentará um quinto mandato na Assembleia Legislativa ou se tentará uma cadeira na Câmara Federal.

Outros temas

Mestre em Educação e Doutor em História (USP), professor e diretor de escola pública, o deputado destacou sobre o novo piso do Magistério e os desafios ao setor educacional como reflexo da pandemia.

Além disso, ele falou da luta dos portadores de necessidades especiais para obtenção dos benefícios legais em isenções, como o IPVA, em São Paulo.

Não bastasse, o trabalho realizado pela Assembleia Legislativa, cujas atividades serão retomadas no dia 3 de março, após o Carnaval.

Confira o programa completo

 

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