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Nacional

13 DE JULHO DE 2010

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Estudo da Fiocruz avalia impacto da terapia antirretroviral no País

Os trabalhos foram iniciados por Mônica em tese doutorado. A pesquisadora comparou a sobrevida após o diagnóstico de aids entre todos os homossexuais masculinos e usuários de drogas injetáveis notificados e diagnosticados no país durante cinco anos. A ideia do projeto agora é estender essa análise também aos heterossexuais e incluir novos parâmetros de análise. […]

Por: Da Redação

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Os trabalhos foram iniciados por Mônica em tese doutorado. A pesquisadora comparou a sobrevida após o diagnóstico de aids entre todos os homossexuais masculinos e usuários de drogas injetáveis notificados e diagnosticados no país durante cinco anos. A ideia do projeto agora é estender essa análise também aos heterossexuais e incluir novos parâmetros de análise.


Estima-se que existam cerca de 650 mil pessoas vivendo com HIV/aids no Brasil. Dentre estas, cerca de 200 mil recebem acompanhamento clínico, laboratorial e tratamento medicamentoso. No Brasil, a distribuição de antirretrovirais aos portadores do HIV pelo Sistema Único de Saúde acontece desde 1996.


O principal objetivo do estudo é identificar variáveis potencialmente associadas à maior sobrevida em diferentes categorias de exposição (usuários de drogas injetáveis, homossexuais e heterossexuais), ajustando por covariáveis sociodemográficas, clínicas e comportamentais. Serão estudados todos os pacientes portadores de aids notificados entre julho de 1998 e dezembro de 2008 no país (cerca de 400 mil pacientes). “Queremos analisar como se encontra a situação das pessoas que já têm acesso a esse tratamento gratuito. Vamos analisar dados do Brasil inteiro e buscar identificar se existe diferença de acesso ao tratamento e mortalidade entre as regiões do país e os diferentes grupos em estudo”, definiu Mônica.


O projeto também pretende verificar como funciona o acesso dos pacientes em áreas urbanas e rurais. Segundo Mônica, os municípios pequenos na maioria das vezes têm apenas um posto de distribuição do medicamento antirretroviral para pessoas que têm HIV/Aids. Desta forma, os pacientes migram para grandes centros urbanos, pois certamente não serão reconhecidos por vizinhos, por exemplo, e, consequentemente, não serão apontados ou discrminados na rua.


De acordo com ela, a análise de fluxo de pessoas será feita para saber se o paciente tem essa tendência de buscar o medicamento longe de onde reside. “Isso pode ser um grande problema, pois muitas vezes ele não tem o dinheiro da passagem; então, pode pegar o medicamento num mês e ficar três sem buscar pela medicação. Isso atrapalha totalmente o resultado do tratamento”, destacou.


A pesquisadora explicou que também serão avaliadas as falhas, pois, embora se diga que o acesso à terapia antirretroviral é gratuito e universal no país, análises exploratórias iniciais já sugerem que existem grupos que se beneficiam mais do tratamento. Por exemplo, moradores de grandes centros urbanos tendem a ter maior facilidade de acesso ao tratamento, enquanto usuários de drogas tendem a buscar testagem e posterior acompanhamento para infecção pelo HIV tardiamente, o que pode prejudicar a eficácia de um tratamento.


Redação da Agência de Notícias da Aids com informações da Agência Fiocruz de Notícias

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