O representante comercial Walter Parreira, de Santos (SP), está entre os detidos durante a 19ª etapa da Operação Lesa Pátria, conduzida pela Polícia Federal (PF).
Contra ele, há acusação de financiar os ataques realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.
A detenção de Parreira ocorreu na manhã de ontem por policiais federais.
Assim, conhecido simpatizante do ex-presidente, Parreira é o fundador do grupo Trincheira Patriótica de Santos.
Nas redes sociais, vídeos mostram ele convocando mobilizações na Baixada Santista rumo à Brasília.
Portanto, o foco da investigação da PF ocorreu quando ele foi identificado como o responsável pela contratação de um ônibus que partiu de São Vicente, no litoral paulista, com destino ao centro de Brasília em 7 de janeiro.
As promessas feitas aos participantes dos protestos incluíam “ônibus novos, de excelente qualidade, sem custos. Os passageiros pagariam somente pelo que consumissem durante a viagem. Tudo seria financiado para aqueles com disponibilidade para viajar e acampar. E, se houvesse mais interessados, mais ônibus seriam providenciados”.
Dessa maneira, durante a jornada em direção à Brasília no início do ano, o apoiador do ex-presidente fez um apelo: “Sobram ônibus, mas faltam patriotas”.
Polícia Federal
Conforme a Polícia Federal, medidas judiciais atingiram 12 investigados.
Portanto, ao todo, ocorreram cinco prisões preventivas e 13 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
Dessa forma, as ações ocorreram em Cuiabá/MT, Cáceres/MT, Santos/SP, São Gonçalo/RJ e em Brasília/DF.
Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado.
E ainda: associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
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