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22 DE JANEIRO DE 2010

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Amigo indesejável

Animais de estimação não devem passear pelas areias da praia. A orientação é conhecida, principalmente, na época do verão, quando a frequência das praias aumenta. A determinação é válida pelas doenças que as fezes dos animais podem trazer para os humanos. Uma delas é conhecida como bicho geográfico: um parasita presente nas fezes de cães […]

Por: Da Redação

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Animais de estimação não devem passear pelas areias da praia. A orientação é conhecida, principalmente, na época do verão, quando a frequência das praias aumenta. A determinação é válida pelas doenças que as fezes dos animais podem trazer para os humanos. Uma delas é conhecida como bicho geográfico: um parasita presente nas fezes de cães e gatos que, em contato com a pele humana, penetram no tecido subcutâneo e deixam rastros que lembram o desenho de um mapa.



Normalmente, esse contágio se dá nos pés, nádegas, costas e mãos, que são regiões do corpo que mais entram em contato com o solo.
Apesar de serem mais comuns em areias da praia, esses parasitas também se espalham em outros terrenos, como calçadas e jardins.  Os ovos, liberados pelas fezes, se transformam em larvas em aproximadamente 24 horas, em condições favoráveis de umidade e calor, tornando-se infectantes alguns dias depois.

Sintomas
O primeiro sinal do contágio são pequenos pontos avermelhados na pele e coceira. “ Depois a pessoa começa a perceber uma marca na pele como se fosse um trajeto. Na verdade, é o caminho que a larva está percorrendo”, explica a dermatologista Danielle Macedo Bertino.  Apesar dos sintomas citados serem os mais comuns, há casos onde pode-se desenvolver alergias, tosses e falta de ar. Porém, segundo a dermatologista são exceções.

O tratamento é feito com o uso de pomadas a base de tiabendazol e medicação oral. Os sintomas duram por cerca de cinco dias. “O desenho na pele demora um pouco mais para sumir. Dependendo do caso, pode levar quase um mês”, afirma.

Para prevenir-se é ideal evitar o contato direto da pele com a areia, principalmente a úmida, que é favorável para a reprodução dessas larvas. “O ideal é não ter contato contínuo com a areia. Ficar deitado ou em pé por muito tempo nessa superfície, sem que haja uma proteção como uma toalha, são situações propícias para o contágio ”, indica. A atenção é importante porque o visual aparentemente limpo não significa que a área está livre dessas larvas, que são minúsculas.  “É impossível uma pessoa conseguir enxergar. Muitas vezes o dono do animal não catou todos os resíduos corretamente. Mesmo não sendo visível a olho nú, o local pode estar contaminado”, alerta. 

Animais
Os malefícios de levar bichinhos de estimação à praia não são apenas para o homem. O próprio animal pode se infectar e contrair doenças ainda mais graves. Os parasitas do bicho geográfico são capazes de infectar os tecidos mais profundos como pulmões e intestino. “Nos animais, essa larva age como verme. Por isso os sintomas são mais sérios”, explica o veterinário Sérgio José. 

Essa verminose pode causar anemia, infecção intestinal e enfraquecer o animal. Outras doenças mais sérias como problemas no pulmão, também podem ocorrer.  “O animal contamina-se quando pisa nesse material e lambe a pata. Só de farejar essas fezes o animal pode inalar o ovinho e infetar-se”, comenta.  Os sintomas são mudança na consistência das fezes, apatia e falta de apetite.

O cuidado deve se estender em casa e a atenção dos donos deve ser redobrada. Dentro do ambiente de casa, o bichinho pode transmitir os parasitas por meio do contato. “Essa transmissão pode acontecer quando o animal lambe o dono ou quando a pessoa acaricia o bicho e, sem notar, põe a mão na boca”, diz. Caso o animal apresente esses sintomas, um veterinário precisa ser procurado.

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