Existem vários procedimentos operatórios bariátricos. A cirurgia mais usada é a gastroplastia vertical com by-pass, que transforma o estômago em um recipiente de mais ou menos 50 ml e liga ao intestino delgado. O alimento vai direto ao intestino delgado e não passa pela maior parte do estômago
Manter-se em dia com a balança é um problema que perturba milhões de brasileiros. De acordo com a última pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, mais da metade da população brasileira (52,5%) está acima do peso. Destes, 17,9% apresentam quadro de obesidade.
Os homens estão mais cheinhos. Cerca de 56,5% está com excesso de calorias. As mulheres também detém números alarmantes: 49,1% tem peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estes números justificam o crescimento da procura por cirurgias bariátricas. Dados de 2014 mostram que a demanda aumentou em 10% se comparado com 2013. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), mais de 7 milhões de pessoas esperam para fazer o procedimento.
Porém, para realizar a cirurgia, o paciente precisa de vários acompanhamentos médicos. Muitas vezes são determinados outros tratamentos antes da operação, como a reeducação alimentar e dietas balanceadas, por exemplo.
Segundo o doutor e especialista em procedimentos bariátricos, Guines Antunes Alvarez, da Clínica Kirus, a cirurgia é o método final do tratamento. “A operação é extremamente eficiente. A maioria dos pacientes estabiliza o peso. Porém, ela não funciona para quem não quer mudar os hábitos alimentares em sua vida. Se não houver o equilíbrio alimentar, o reganho de peso é inevitável e muito mais preocupante”.
A intervenção bariátrica é indicada quando o índice de massa corporal do paciente está acima de 40. Este quadro configura um estado de obesidade mórbida. Para fazer o teste, basta verificar o seu peso e dividir pela sua altura ao quadrado.
Existem vários procedimentos operatórios bariátricos. A cirurgia mais usada é a gastroplastia vertical com by-pass, que transforma o estômago em um recipiente de mais ou menos 50 ml e liga ao intestino delgado. O alimento vai direto ao intestino delgado e não passa pela maior parte do estômago.
Outra situação que pode ser indicada pelos médicos é a cirurgia disabsortiva. Neste caso, não há uma grande diminuição do intestino do indivíduo, que fica com dois terços do seu tamanho original. O desvio do alimento é realizado para o intestino grosso.
Pré-Operatório
No pré-operatório, o paciente passa por acompanhamento médico de cardiologistas, psicólogos e nutricionistas. Segundo Antunes Alvarez, esse processo é feito para que a pessoa comece a ter uma alimentação balanceada antes mesmo da cirurgia.
Para os fumantes, é receitado que parem ou diminuam drasticamente o consumo do cigarro um mês antes da data da cirurgia, pois o fumo pode trazer problemas pulmonares.
Um avanço nas operações do sistema digestivo é a videolaparoscopia. Esse sistema é feito por câmeras e com pequenas incisões, trazendo benefícios e amenizando as dores no pós-operatório.
Pós-Operatório
O acompanhamento médico deve ser constante. O especialista explica que, após a operação, o lado psicológico é essencial para o resultado ser longínquo e eficiente.
“O indivíduo deve mastigar muito, pois o estômago está reduzido. Ele também será instigado a fazer exercícios. Nos primeiros meses depois da cirurgia, de forma leve, e, no decorrer do tempo, é fundamental que se crie o hábito da prática de atividades físicas e de uma alimentação equilibrada” .