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07 DE AGOSTO DE 2009

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Hora de vacinar

Por vezes em tom de brincadeira, é dito que agosto é o mês do cachorro louco. De fato, trata-se do período do ano em que se incentivam mais as vacinações para os cães — e também gatos — contra a raiva, doença que tem nestes animais suas principais vias para atingir aos seres humanos. A […]

Por: Da Redação

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Por vezes em tom de brincadeira, é dito que agosto é o mês do cachorro louco. De fato, trata-se do período do ano em que se incentivam mais as vacinações para os cães — e também gatos — contra a raiva, doença que tem nestes animais suas principais vias para atingir aos seres humanos.


A enfermidade, que afeta principalmente animais de sangue quente — como o homem e o cachorro —, e pode levar a morte, de ambos os seres vivos, se não cuidada com bastante antecedência, visto que, no caso de um agravamento, por menor que seja, o risco de morte chega a quase 100% — apesar de o último caso da doença registrado na Cidade ter ocorrido há mais de 30 anos.


Apesar de ser dito que a escolha, especificamente, de agosto se dê por fatores climáticos (supostamente, as condições deixariam mais cadelas no cio), a ideia é rechaçada por especialistas. Conforme os médicos veterinários Luciana Serrano e Roberto Horn, não há nenhuma questão ambiental que torne agosto uma ocasião diferenciada para a vacinação contra a raiva. “É uma questão mais de tradição”, definem ambos.


O principal responsável pelo contágio aos animais é o morcego, animal que, aliás, tem aparecido com considerável incidência nas últimas noites. No entanto, Horn afirma que, em Santos, tal preocupação é praticamente inexistente, visto que o tipo de morcegos existentes na região não é adepto do sangue humano. “Os que por aqui habitam vão atrás de frutas, mas não buscam o sangue quente, como fazem os que existem principalmente no Nordeste”, explica.


De qualquer forma, são os morcegos os principais contaminadores de animais como cães e gatos. E de acordo com Luciana, a partir do momento em que o bichinho é atingido, qualquer contato que se tenha entre ele e o dono podem ser fatais. “A saliva, alguma mordida ou a proximidade de alguma ferida que a pessoa já tenha, podem ser fatores preocupantes”, avisa.


Efeitos


De acordo com Horn, há dois tipos de raiva: a furiosa e a paralítica. A primeira é mais comum em cachorros, gatos e mesmo seres humanos, quando contaminados, e, como o nome indica, faz com que o ser vivo adote um comportamento excessivamente agressivo. O agravamento se dá quando há sintomas de hidrofobia e fotofobia. “É quando o animal não consegue ingerir água e ficar próximo a locais iluminados”, explica. “O problema é que, quando surgem esses sintomas, a morte é praticamente certa”, sentencia.


No que diz respeito à raiva paralítica, esta é mais comum em cavalos e ruminantes, e, ao invés de agir agressivamente, o ser vivo fica literalmente estático. “Essa consequência também pode surgir no homem infectado, após o surto de agressividade da raiva furiosa”, complementa o veterinário.


Sendo assim, a recomendação é a de que, caso a pessoa seja mordida ou tenha alguma espécie de contato com cachorros ou gatos, especialmente desconhecidos, em alguma região do corpo com infecção, procure-se imediatamente um médico. “O profissional da saúde fará as avaliações e receitará a vacina contra a raiva, que deve ser tomada com prontidão”, avisa.



Vacina


A vacina específica para prevenir a raiva foi desenvolvida pelo microbiologista francês Louis Pasteur, no século retrasado, e segundo Horn, deve ser repetida todo ano, executada sempre no mesmo período ou um pouco antes de se completar um ano. Alguns detalhes são passíveis de observação, no entanto, antes de levar o animal para ser vacinado, como o estado presente de saúde do bichinho.


É contra-indicado, por exemplo, que qualquer animal seja vacinado caso esteja com algum tipo de doença. Deve-se verificar se o cachorro ou o gato estão apresentando febre, vômito, diarréia, falta de apetite ou verminose. Também é essencial atentar, no caso da fêmea, se ela está no cio, prenha, em período de amamentação ou se possui filhotes “Em média, a cadela amamenta até 45 dias após o nascimento dos filhotes”, avalia o veterinário. Nessas circunstâncias, também não se recomenda a vacinação.


Outro detalhe é que as imunizações devem sempre ser feitas com seringas descartáveis. No ano passado, quase 28 mil animais, entre cães e também gatos, foram vacinados no município pela Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz), em duas etapas, sendo a primeira nos meses de agosto e setembro, e a segunda, em novembro, visando atingir os animais que não foram imunizados na etapa inicial.


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