Com a tecnologia e o avanço na qualidade dos produtos, os métodos mais procurados são os que duram por um período de tempo maior. Justamente pela durabilidade, a depilação com cera ganha cada vez mais adeptos. Diferentemente da lâmina, que elimina o pelo apenas na superfície da pele, a depilação desacelera o crescimento, porque o pelo é arrancado pela raiz.
O tempo de duração varia de acordo com o método e com a pele que pode estar acostumada ou não com o procedimento. “Quanto mais tempo a pessoa utiliza o método da depilação à cera, menos rápido o pelo crescerá, porque, com a aplicação constante, ele perde a força”, explica a proprietária de um centro de depilação, Bernadete Schimitz. Segundo ela, depilação em áreas do corpo, como virilhas e axilas, são as mais procuradas.
A técnica também caiu na graça de homens que não gostam de pelos na região das costas ou peitoral. “Nos homens, o procedimento é mais dolorido porque, além de terem mais pelos, eles são mais grossos”, explica.
Cera
Além das diferentes origens que a cera pode ter (mel de abelhas, algas), ela também pode ser quente ou fria. A quente é colocada sob a pele e não necessita de folhas especiais para ser retirada. Quando já endurecida e em temperatura ambiente, ela é puxada pelas bordas. A fria pode ser aplicada sob a pele, por meio de um aparelho chamado roll on, ou em uma folha, semelhante à textura de um papel colocado sob a região a ser depilada.
O calor da cera quente ajuda na dilatação dos vasos e amolece a pele, por isso facilita a retirada dos pelos. “Esse processo é menos dolorido”, afirma a dermatologista Fabiana Addario.
Já a cera fria pode agredir um pouco mais a pele justamente pela temperatura, que não colabora na preparação. “É como uma limpeza que, para retirar os cravos, precisamos esquentar a pele com vapor para dilatar os poros”, exemplifica.
A dermatologista comenta que, quanto mais natural a procedência da cera, menor a probabilidade de irritação na pele. Como a sensibilidade é um aspecto individual, a alergia aos componentes pode variar. “A melhor cera é aquela que tem regulamentação do Ministério da Saúde ou as naturais. Porém, cada pele se adapta com um tipo de produto”, comenta. “O ideal é fazer um teste em uma pequena área do corpo com o método escolhido”, acrescenta. O aspecto que mais atrai as adeptas na depilação com cera é a durabilidade do método. Isso acontece porque o pelo é arrancado pela raiz e até aparecer novamente demora, em média, 20 dias.
Cuidados
Apesar de ser aplicada em qualquer parte do corpo, Fabiana alerta que algumas regiões delicadas podem sofrer flacidez com o método da cera quente ou fria. É o caso da sobrancelha, buço e barba. “A pele do rosto é muito fina. Com a repetição do método, a pele, nessas regiões, pode ficar flácida”, afirma. Além da flacidez, algumas pessoas tendem a apresentar manchas escuras na região do buço.
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| A cera aplicada deve ser descartável para evitar o risco de contaminação de doenças |
Segundo Fabiana, o aparecimento dessas manchas depende do pigmento da pele e da sensibilidade de cada um. “A temperatura da cera, quando quente, também é importante. Caso esteja inadequada, ou permaneça por um tempo longo sob a pele, ela pode causar queimaduras. “É essencial que a profissional seja qualificada. Isso porque cada pele tem um tipo de sensibilidade. Ela precisa conhecer e avaliar a temperatura e adequá-la a cada cliente”, orienta.
A exposição ao sol deve ser evitada antes e depois de uma sessão de depilação, pois a pele fica ainda mais sensível. “O uso do protetor solar é importante. Mesmo que haja o intervalo de um dia para tomar sol”, diz.
A dermatologista alerta para as ceras quentes que, em alguns casos, são reaproveitadas. “O método precisa ser higiênico. É preciso ter certeza de que a cera é descartável, porque ela pode ser um meio de transmissão de doenças de pele”, afirma. Pessoas com tendências a vasos devem ter atenção especial, pois a depilação com cera, quente ou fria, pode provocar fragilidade vascular em pessoas que apresentam essa predisposição.
Lâminas
Práticas, as lâminas de barbear se adequam à necessidade de pessoas que precisam tirar o pelo constantemente como, por exemplo, atletas e os homens, que depilam a barba.
“A ideia de que a lâmina engrossa o pelo é errada. Há essa impressão porque ele é arrancado apenas na superfície da pele e logo cresce. Na depilação à cera, ele é arrancado da base e demora para crescer. Assim, a impressão é que ele está mais fino”, garante Fabiana.
Assim como na depilação à cera, os cuidados com a lâmina são fundamentais. Elas não devem ser compartilhadas, pois podem ser meio de transmissão de doenças. “Para evitar irritações, o ideal é passá-la no mesmo sentido do crescimento do pelo e não ao contrário”, orienta.
Definitiva
Objeto de desejo de toda mulher moderna, o método de depilação a laser promove a eliminação permanente do pelo. “O tipo de laser mais eficiente é o de diodo, como, por exemplo, o Emax, Sheer e Soprano”, comenta a dermatologista. Ela explica que o laser age buscando a melanina na pele. Por isso, quanto mais escuro for o pelo e mais clara a pele, melhor será o resultado. “Pessoas que têm pelo claro não podem fazer depilação a laser”, orienta.
Para os que costumam fazer depilação com cera e pretendem utilizar o método a laser, a indicação é que não se arranque o pelo pela raiz. “É necessário que a raiz esteja presente pelo menos três semanas antes da depilação. Por isso, as pessoas que começam a fazer depilação a laser passam a se depilar com gilete no intervalo entre uma sessão e outra”, comenta. Fabiana afirma que o ideal é não tomar sol durante, antes ou depois das sessões.