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Santos

25 DE AGOSTO DE 2016

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Tratamento gratuito que pode curar a hepatite C é destaque em congresso

De 2000 a 2014 foram identificados no país, 56.335 mortes associados às hepatites virais, sendo que 75,2% estão associadas à hepatite C

Por: Da Redação

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O tema hepatite C é um dos principais destaques do 10º Congresso Paulista de Infectologia, que acontece até sábado (27) em Santos. Como principal pauta, os primeiros resultados, a partir do primeiro ano de implementação dos novos tratamentos disponíveis no SUS, que elevam a chance de cura da doença para níveis acima dos 90%.

No Brasil, se acordo com dados do Ministério da Saúde514.678 mil pessoas convivem com o vírus das hepatites virais. Destes, 161.605 (31,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 196.701 (38,2%) de hepatite B, 152.712 (29,7%) de hepatite C e 3.660 (0,7%) de hepatite D.

Com relação aos óbitos, de 2000 a 2014 foram identificados no país, 56.335 mortes associados às hepatites virais: 1,8% hepatite viral A; 21,9% à hepatite B; 75,2% à hepatite C e 1,1% à hepatite D.

“Nesse primeiro ano, observamos na prática o que se previa na teoria: o novo modelo de combate à hepatite C reduz de forma considerável os efeitos adversos, o tempo de tratamento – para 12 ou 24 semanas – com índices de cura acima dos 90%”, explica o infectologista Paulo Roberto Abrão Ferreira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Outro ponto importante, e que também está sendo abordado durante o congresso, é o impacto dos novos tratamentos para a hepatite C em outras populações. “As combinações atuais de tratamento livre de interferon também alcançam chance de cura superior a 90% entre os pacientes cirróticos. Os indivíduos que estão na lista de transplante, com quadros de cirrose descompensada, podem ser tratados e, dependendo do caso, até retirados da fila do transplante”, finaliza o infectologista.

A hepatite C

A hepatite C é uma doença contagiosa causada pelo vírus C (VHC). A transmissão ocorre, dentre outras formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento ou uso de materiais contaminados como seringas, objetos de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar), alicates de unha, além de outros materiais perfurocortantes usados na confecção de tatuagens e colocação de piercings. O vírus também pode ser transmitido pela via sexual e vertical (de mãe para filho). Estimativas apontam que cerca de 3% da população mundial possa ter sido exposta ao vírus e desenvolvido infecção crônica, o que corresponde a 185 milhões de pessoas.

Na maioria das vezes a doença é assintomática, mas em alguns casos surgem sintomas como vômitos, náuseas e mal-estar. A prevalência é a mesma entre homens e mulheres, sendo que em pessoas com mais idade a progressão pode ser mais rápida. A ingestão de bebidas alcoólicas também pode acelerar a progressão da hepatite C. O teste para detecção da doença é fácil, rápido, gratuito e está amplamente disponível na rede pública.

Importância do teste

É recomendável que as pessoas com 40 anos ou mais façam o teste sorológico chamado Anti-HCV para saber se já tiveram contato com vírus da hepatite C, independentemente de qualquer sintoma. Estudos recentes demonstram que a maioria dos indivíduos com hepatite C crônica foram infectados no passado e tem, hoje, mais de 40 anos. Como não há sintomas específicos, essas pessoas infectadas desconhecem que têm a infecção. O teste é simples, rápido, gratuito e está amplamente disponível na rede de atenção básica do SUS em todo o país. Estimativas apontam que cerca de 3% da população mundial possa ter sido exposta ao vírus e desenvolvido infecção crônica, o que corresponde a 185 milhões de pessoas. A prevalência é a mesma entre homens e mulheres, sendo que em pessoas com mais idade a progressão da hepatite pode ser mais rápida. A ingestão de bebidas alcoólicas acelera a progressão da hepatite C. Assim, é importante fazer o teste para identificar o maior número de pessoas infectadas.

Transmissão do vírus da hepatite C: como evitar

A transmissão do vírus HCV ocorre principalmente pelo contato com o sangue de uma pessoa infectada através do compartilhamento ou uso de materiais contaminados como seringas, objetos de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar), alicates de unha, além de outros materiais perfuro cortantes usados nos procedimentos de tatuagens e colocação de piercings. As transfusões de sangue e de derivados de sangue atualmente são seguras e não transmitem mais o vírus como acontecia antes dos anos 90. Diferentemente do vírus da hepatite B, o vírus C raramente é transmitido por via sexual ou de mãe para filho. Portanto, a hepatite C não é considerada uma doença sexualmente transmissível.

Serviço

10º Congresso Paulista de Infectologia
Quando: de 24 a 27 de agosto (palestra dia 25, às 14h15)
Onde: Mendes Convention Center – Santos (SP)

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