“Não seremos submissos ao Executivo” diz Beto Mansur, primeiro secretário da Câmara | Boqnews
Divulgação/Câmara dos Deputados

Política

02 DE FEVEREIRO DE 2015

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“Não seremos submissos ao Executivo” diz Beto Mansur, primeiro secretário da Câmara

Político, que chegou ao quinto mandato no Congresso, detalha como costurou a ida de seu partido, PRB, ao bloco que apoiou Eduardo Cunha (PMMDB/RJ)
Deputado também revela pressões vindas do Governo por conta da eleição da casa e diz que sua sigla “não roeu a corda”

Por: Da Redação

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As últimas eleições disputadas pelo deputado federal Beto Mansur (PRB) não foram fáceis. Após amargar derrota na corrida à Prefeitura de Santos, quando ficou na quinta colocação, com menos de 10 mil votos, e ser eleito para a Câmara Federal graças a expressiva votação de Celso Russomanno – já que teve pouco mais de 31 mil sufrágios – muita gente colocava em dúvida o potencial eleitoral do político.

Porém, Mansur pôs em prática sua experiência política – que inclui cinco mandatos no Congresso e uma passagem pela Prefeitura de Santos – e conseguiu ser eleito, por maioria ampla (436 votos), 1º secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Cargo de destaque que, além de colocá-lo em exposição na mídia e no dia a dia da política, lhe confere algumas responsabilidades.

Agora, o deputado é o responsável por administrar o orçamento da Casa – que gira em torno de R$ 4 bilhões, o dobro da cidade de Santos – e, também por coordenar os funcionários do Congresso Nacional – aproximadamente 19 mil. “Temos que dar estrutura para que a população participe, possa transitar com segurança pela Câmara”, disse.

Negociação

Responsável por intermediar a negociação que culminou com o apoio de seu partido à candidatura vencedora de Eduardo Cunha (PMDB/RJ) à presidência da Casa, o político santista ressalta que mesmo compondo a base do governo e tendo apoiado uma candidatura contrária à vontade do Planalto, não espera represália.

“A eleição acabou no domingo (1º). Somos governo, o PRB tem um ministério, o PMDB seis, além do vice-presidente. Temos que trabalhar e se empenhar pelo Brasil”, ressaltou, destacando que, durante a costura para o apoio à candidatura peemedebista, sofreu pressões por parte do governo petista.

“Ponderei que deveríamos apoiar o Eduardo Cunha, fomos o primeiro partido a compor com ele e ficou acertado que teríamos direito a uma indicação na Mesa Diretora. Fomos pressionados pelo governo, mas o partido não roeu a corda. Iríamos ficar com a 2ª vice-presidência mas, como o PDT não veio para o bloco de partidos que apoiaram o Cunha, e o PP ficou com a 1ª vice-presidência, o partido ficou o essa vaga”, detalha.

Mansur aposta no novo presidente da Câmara. Mesmo em uma eleição marcada pelo “racha” com o PT e o fim do tradicional revezamento entre as bancadas no comando da Casa, e com a cobrança vinda do Planalto, ele crê que os próximos anos serão de “muito trabalho” e deixa um recado. “Conheço o Cunha há muito tempo e sei que ele é um deputado de trabalho. Na mesa, não tem que haver nenhum resquício de rivalidade, porém, não seremos submissos ao Executivo”.

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