No dia 2 de agosto de 1983, para ser mais preciso há 40 anos, representa um marco importante na história de Santos.
Sendo assim, foi nesse dia que a Cidade retornou com sua autonomia política e administrativa, quando o então presidente da República em exercício, Aureliano Chaves, assinou o Decreto-Lei nº 2.050, restabelecendo a eleição em Santos e fixando a restituição da autonomia política a partir da posse dos eleitos.
Contexto
Nas eleições de 1968 para a Prefeitura de Santos, os eleitores deram a vitória ao deputado estadual Esmeraldo Tarquínio.
Todavia, em 13 de março de 1969, o governo decretou intervenção em Santos.
Ademais, houve cassação de Tarquínio, que nem tomou posse e inclusive, ele teve os direitos políticos suspensos por dez anos.
Já, seu vice, Oswaldo Justo, renunciou. O general Clóvis Bandeira Brasil recebeu nomeação como interventor federal da Cidade.
Para entender o contexto, devido ao Regime Militar, em 1969, Santos era considerada uma área de segurança nacional.
Portanto, a Cidade passou a ter comando por prefeitos nomeados pelo Governo Federal.
Contudo, as lideranças de políticos, sindicais, imprensa e a sociedade em geral propiciaram uma grande luta institucional.
Desse modo, visando um único objetivo, para que os santistas conseguissem resgatar o direito de governar seus próprios destinos.
Porém, essa luta atingiu sucesso apenas em 2 de agosto de 1983.
Detalhes
O livro ‘Justo – uma trajetória de honradez’ do autor Francisco La Scala Júnior menciona com detalhes a eleição para prefeito de Santos no ano de 1984.
“As eleições foram marcadas, inicialmente, para 18 de dezembro daquele ano. Mas a falta de tempo hábil para cumprir as formalidades exigidas pela legislação eleitoral levaram ao adiamento do pleito para o dia 3 de junho.
No dia 3 de junho, os santistas puderam voltar a exercer o legítimo direito do voto e escolher o prefeito. Assim, após 16 longos anos de intervenção, a cidade voltava à normalidade democrática e, pelo voto direto de 78.413 santistas, conduzia Justo e o filho de Tarquínio, Esmeraldo Neto, à prefeitura.”
Portanto, em eleição única no país, Santos elegeu Oswaldo Justo seu prefeito, em 3 de junho de 1984.
Além disso, tendo como vice Esmeraldo Tarquínio Neto, uma vez que Esmeraldo, o pai, cassado no período da ditadura, já havia falecido.
No dia 9 de julho de 1984, o então presidente da Câmara Municipal, vereador Noé de Carvalho, empossou Justo.
Dessa maneira, naquele momento, os santistas comemoravam a conquista de serem governados pelo representante que escolheram.