Baixada Santista de volta às atividades | Boqnews
Foto: Divulgação/PMS

Economia

15 DE JUNHO DE 2020

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Baixada Santista de volta às atividades

Região entra nesta segunda-feira (15) na fase laranja do Plano São Paulo

Por: Da Redação

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A abertura do comércio santista nesta quinta-feira (11) levantou o debate sobre uma possível nova onda de contaminação e sobre os impactos que a retomada pode causar ao sistema público de saúde de Santos, tendo em vista que em média 50% dos usuários atendidos são de moradores de cidades vizinhas.

A Baixada Santista deixou a fase vermelha e, a partir desta segunda (15), passa oficialmente para a fase laranja do Plano São Paulo, podendo reabrir, de forma gradual, atividades comerciais.
São Vicente, na última segunda (8), por exemplo, reabriu o shopping Brisamar e a população logo formou enormes filas para circular dentro do local. Algo, no entanto, que já vinha ocorrendo no centro da cidade, onde, muitas lojas continuaram abertas, a despeito da quarentena imposta pelo Governo Estadual, que irá terminar no próximo dia 28 de junho.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por sua vez, por meio da relatora Cristina Zucchi, pediu a suspensão parcial da Lei Municipal nº 4.027-A. Segundo ela, “a autorização e a forma de reabertura dos estabelecimentos comerciais, previstas nos citados dispositivos, observem o tempo e o modo estabelecidos na legislação estadual, com decote das deliberações municipais contrárias (atividades permitidas, capacidade e limitações de horário), até final e definitiva solução da ação, a fim de se impedir dano irreparável ou de difícil reparação aos direitos fundamentais à saúde e à vida”.

De acordo com o documento, a medida visa garantir a saúde da população, visto que a Cidade já passou de 1000 casos da Covid-19, registrando mais de 80 óbitos. Em nota, A Prefeitura de São Vicente não tinha recebido a notificação da intimação do Tribunal de Justiça do Estado.

Pressões

Para o médico infectologista Roberto Focaccia, o comércio pressiona as prefeituras municipais para que haja a retomada da economia local, mas por outro lado, segundo ele, a reabertura do comércio neste momento de casos em crescimento exponencial “é uma aventura política que pode causar um explosão de mortes”.

Em Santos, mais de 200 mortes já foram confirmadas, enquanto mais de 5.500 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e os números continuam a aumentar ao passar dos dias. “Os prefeitos deveriam dar suporte para que eles possam esperar o momento tecnicamente correto para começar a abrir: retirar impostos, e dar facilidades de sobrevivência. Nunca deixar de preservar vidas humanas. Por outro lado, a população perdeu a confiança nos gestores e estão agindo, como em São Vicente, de maneira irresponsável. Nem máscara estão usando e distanciamento físico de metros metros entre as pessoas”, afirmou.

Outro ponto elencado por Focaccia é a falta de liderança vinda por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), caso seja comparado com a chanceler alemã, Ângela Merkel, que conseguiu diminuir o número de casos da covid-19 na Alemanha.

Na visão do infectologista, os prefeitos da Baixada Santista, precisam seguir a ciência, não ceder aos interesses e pressões dos comerciantes, fazendo uma campanha de conscientização junto aos munícipes, esquecendo, desta vez, a disputa eleitoral marcada para o final do ano.

Além disso, segundo ele, “detectar os positivos e isolá-los; exigir isolamento físico de 2 metros entre as pessoas; uso obrigatório de máscaras ; fazer testes em grande quantidade tal como Santos está fazendo (os testes não se prestam para diagnósticos, apenas para uso epidemiológico)”, finaliza.

Plano São Paulo

Além da Baixada Santista, Vale do Ribeira e a Grande São Paulo passaram para a fase laranja com abertura gradual das atividades econômicas.

No entanto, o governador João Doria enfatizou que os cenários podem ser alterados e os avanços – ou recuos – para as fases seguintes dependem da colaboração coletiva, dos prefeitos, empresários e da sociedade como um todo.

Na segunda (15), 26% da população paulista – equivalente a 11,4 milhões de pessoas, sairá da zona vermelha e entrará na fase laranja, enquanto 5,3 milhões sentirão o endurecimento das regras, com o fechamento de atividades econômicas. Isso ocorrerá em regiões como Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente.

Outras 27,5 milhões de paulistas terão seus hábitos mantidos.

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