Retirados há um mês – antes do feriado de Páscoa – os 25 radares de Santos não tem previsão de serem reinstalados neste semestre.
Segundo o presidente da CET, Antonio Carlos Gonçalves, a empresa vencedora da concorrência foi desclassificada por não atender o que fora acordado no edital durante a fase de instalação.
E assim, a CET teve que recorrer à segunda colocada na licitação, a Splice Indústria, Comércio e Serviços.
Segundo Gonçalves, a empresa deve reinstalar os novos equipamentos “dentro de um prazo de 30 dias”.
No entanto, todo o radar precisa passar pelo crivo do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
Porém, não há qualquer previsão de quando isso ocorrerá.
“Estamos reféns para que se faça a aferição”, reconhece Gonçalves.
Ele participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias de hoje (17).
Assim, sem previsão, o retorno dos equipamentos só ocorrerá no segundo semestre.
O serviço costuma ser realizado pelo Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça, e órgão delegado do Inmetro.
Sem os radares, a empresa deixa de arrecadar cerca de R$ 55 mil em multas tomando como referência o valor total arrecadado no ano passado (R$ 46,239 milhões).
Não bastasse, cerca de 42% da receita da empresa provém das multas, o que perfaz a estimativa diária.
Em um mês sem os equipamentos, a queda na arrecadação já supera R$ 1,6 milhão, portanto.
Transporte municipal
Além disso, Gonçalves também falou sobre o início das discussões para a formalização do edital de licitação para o transporte público municipal, que vencerá em maio de 2023.
Assim, ele apontou que a pandemia reduziu drasticamente o volume de passageiros transportados, passando de 3,3 milhões em 2019 para 1,2 milhão no ano passado – hoje, são 1,9 milhões passageiros/mês.
“Ainda abaixo do período pré-pandemia”, cita.
Sem contar a presença crescente dos aplicativos, como Uber, 99 e outros, que ‘roubam’ passageiros do transporte público.
Assim, a prefeitura tem repassado mensalmente R$ 1,1 milhão em forma de subsídio ao transporte municipal – no ano passado, entre agosto e dezembro foram R$ 800 mil mensais.
No entanto, Gonçalves reconhece que o sistema ainda precisa melhorar, especialmente no tocante à pontualidade.
“Outros itens importantes como conforto e segurança (baixa circulação de dinheiro vivo nos ônibus) já tiveram melhora significativa”, salienta.
Além disso, Gonçalves também falou sobre as obras do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos e o impacto que a segunda linha (Av. Conselheiro Nébias – Centro, e vice-versa) trará para o transporte público municipal, que passará por reformulações.
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