O refrão da música Onde Está o Dinheiro?, da cantora Gal Costa, representa bem o quanto os brasileiros bancam os privilégios dos nossos políticos.
A última foi a canetada do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira.
… Em Brasília
Ele garantiu um aumento de 60,62% para deputados e servidores para pagamento de despesas extraordinárias com pousadas, alimentação e locomoção.
Como diria o deputado Justo Veríssimo, personagem do humorista Chico Anysio, ‘eu quero é que o pobre se exploda!’.
Farra do boi I
Este aumento é mais um benefício concedido aos nossos parlamentares.
O salário atual chega a R$ 44.008,52 e cada um conta com uma verba de gabinete de R$ 125.478,70/mês para distribuir para até 25 secretários de gabinete – apenas destinado a salários.
Os demais benefícios são pagos diretamente pela Câmara Federal.
Farra do boi II
Aliás, soma-se ainda a cota mensal de R$ 42.837,33 para despesas diversas, como passagens aéreas, divulgação de atividades, aluguéis e outros benefícios.
O valor destina-se aos 70 parlamentares paulistas (cada estado de origem tem um valor diferente, em razão das distâncias até Brasília).
Cotas especiais
Somente nas despesas para a manutenção do dia a dia do mandato, os 513 parlamentares gastaram no ano passado R$ 230,4 milhões – média de R$ 450 mil/parlamentar.
Mais é mais
Dos 70 deputados paulistas, quatro gastaram mais de R$ 500 mil no ano passado e 41 entre R$ 400 mil a R$ 499,9 mil.
Apenas dois foram comedidos nos gastos – despesas inferiores a R$ 100 mil – dentro da atual legislatura iniciada em fevereiro do ano passado: Adriana Ventura (Novo) e Marcio Alvino (PL) .
Perguntar não ofende: se alguns conseguem gastar menos, por qual razão a maioria opta em gastar mais?
Sem ideologia
Aliás, em relação à gastança de recursos públicos, não existe ideologia.
Portanto, dos 10 deputados paulistas mais ‘gastões’ no ano passado, 2 são do PL, 2 do PT, 2 do União Brasil, 2 do Podemos, 1 do PSB e 1 do PSD.
Portanto, na hora de gastar recursos públicos, a ideologia fica do lado de fora.
Representantes locais I
Quanto aos quatro deputados federais da Baixada Santista, Rosana Valle (PL) ficou na 8ª posição entre os 70 parlamentares paulistas que mais gastaram no primeiro ano da atual legislatura.
Aliás, gastou R$ 493.027,08 – o valor de janeiro/23 de R$ 22.318,42 não foi computado nesta soma, pois refere-se à legislatura anterior.
Ela foi a única reeleita para o atual mandato.
Representantes locais II
Em 12º lugar, apareceu o deputado Delegado da Cunha (PP), que gastou R$ 487.230,23 da cota.
Seguido por Alberto Mourão (MDB), que despendeu R$ 448.670,50 (30ª colocação) e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), com R$ 428.134,44 (41ª posição entre os 70 parlamentares paulistas).
Idem entre os estaduais
Assim como os deputados federais, os estaduais também têm uma série de benefícios garantidos pela Assembleia Legislativa para pagamento de despesas de manutenção e outras benesses.
Assim, com o atual mandato em vigor desde março do ano passado até dezembro último, o parlamentar da região mais ‘gastão’ foi o deputado Paulo Mansur (PL), com R$ 397.119,91.
Minha Casa, Minha Vida
Apesar de ter residência em Santos, próximo à Alesp, Mansur não abriu mão de locação de imóvel para moradia.
Aliás, na atual legislatura, a Assembleia Legislativa repassou R$ 30.834,00 apenas para este fim no ano passado, despesa mensal de R$ 3.426,00 mantida até agora.
Demais parlamentares
No primeiro ano da atual legislatura (março a dez/23), Solange Freitas (União) gastou R$ 389.322,01.
Por sua vez, Tenente Coimbra (PL), R$ 388.987,62 e Caio França (PSB), R$ 296.997,11.
Por fim, Paulo Correa (PSD) foi o mais econômico: R$ 187.905,88.
De volta para casa
Após polêmicas sobre custos das obras da reforma da Câmara e do painel, os vereadores voltam às sessões no Castelinho nesta semana.
Dessa forma, a dúvida é se será antes ou pós-feriado do Dia do Trabalho.
Nome definido
Únicos vereadores do PSDB em Santos, Carlos Teixeira Filho e Ademir Pestana, apostam que o candidato do governo será o prefeito Rogério Santos (ex-PSDB e hoje no Republicanos).
Além disso, torcem para que o PSDB dê o devido valor ao deputado Paulo Alexandre Barbosa, que permaneceu na legenda.
Afinal, Barbosa foi o parlamentar mais votado do partido em 2022 no País.
Assim, ambos falaram sobre o assunto durante suas respectivas participações no Jornal Enfoque desta semana.
Confira os programas
Candidatura técnica
Pré-candidato do PRD à Prefeitura de Santos, o advogado e professor universitário Renato de Jesus diz que o partido, fruto da fusão entre o PTB e o Patriota, contará apenas com pré-candidatos ao Legislativo com perfil técnico.
E se orgulha de não ter vereadores nem ex-vereadores na chapa.
“Não vamos fazer administração com políticos nem politicagem”, disse durante participação no Jornal Enfoque
E garante que estará no segundo turno.
Ele apresentou suas propostas e ações que o credenciam para pleitear sua pré-candidatura durante o Jornal Enfoque de quinta.
À espera
Quase um mês após a saída da vice-prefeita Renata Bravo do cargo, a Secretaria da Mulher, Direitos Humanos e Cidadania ainda está vaga.
Aliás, a vereadora Telma de Souza (PT) questiona que a demora tem prejudicado o andamento de políticas públicas voltadas ao setor.
Subsídio crescente
Aliás, o anúncio pelo prefeito Rogério Santos do aumento do subsídio ao transporte público municipal vai custar R$ 27 milhões aos cofres públicos pelos próximos 12 meses – praticamente a mesma quantia destinada ao orçamento da Secretaria de Cultura.
Um valor mensal de R$ 2,256 milhões.
Quem responde?
Será que…
O aumento do subsídio à empresa Piracicabana vai melhorar o atendimento aos usuários do transporte municipal?