O serviço de ônibus, trens e metrô não está funcionando em Buenos Aires. Voos internacionais foram afetados. A TAM e a Gol cancelaram pelo menos 25 voos que partiriam da Argentina ou teriam o país como destino nesta terça.
Os bancos, o serviço de coleta de lixo e os postos de gasolina também estão parados. A imprensa local informa que paralisações dos transportes se repetiram nas grandes cidades do país, como Córdoba e Rosário.
Com a dificuldade de locomoção, os colégios foram prejudicados e muitas lojas ficaram fechadas. Manifestantes também fizeram interrupções no tráfego em rotas que ligam a capital às cidades da Região Metropolitana, nesta manhã, dificultando a circulação de automóveis privados.
Essa é a quarta greve geral que enfrenta a presidente Cristina Kirchner -as últimas duas foram no ano passado. Os trabalhadores cruzaram os braços por 24 horas contra o imposto que incide sobre os salários.
Os sindicatos pedem que o governo corrija o limite de isenção do imposto, atualmente em 15 mil pesos (cerca de R$ 4.000). Os trabalhadores afirmam que cerca de 2 milhões de empregados recolhem o imposto, o governo afirma que este número é de 850 mil.
O ministro da Economia, Axel Kicillof, afirmou que são apenas 10% os trabalhadores que recolhem o imposto, os mais ricos, e que a demanda pelo fim da tributação tinha se transformado num “fetiche”.
O movimento grevista é encabeçado por sindicatos que fazem oposição ao governo de Cristina Kirchner e ocorre em um momento em que as forças políticas do país se organizam para as eleições presidenciais, cujas prévias serão em agosto.