O secretário executivo da Secretaria de Educação do Estado, Haroldo Correa, assegura que as escolas estaduais estão preparadas para receber os alunos na volta às aulas, previstas para 8 de fevereiro.
“Perdemos 10 meses com o fechamento das escolas, contra 3 meses da média mundial. Não podemos continuar mantendo este isolamento social para as crianças”, enfatizou durante entrevista concedida ao jornalista Francisco La Scala, no Jornal Enfoque – Manhã de Notícias, da Boqnews TV.
A rede estadual de ensino é a maior de ensino público das Américas, atendendo 5.140 escolas dos 645 municípios paulistas, com 250 mil profissionais da rede, entre docentes e profissionais ligados ao setor.
Correa enfatizou que o Governo do Estado investiu R$ 1,4 bilhão em reformas e melhorias nas escolas.
E ainda: R$ 1,5 bilhão em tecnologia, por meio do Centro de Mídias, aquisição de computadores, internet e outros benefícios para atender os corpos docente e discente.
Imagem de carteiras vazias devem desaparecer a partir da próxima segunda (8). Cada escola estadual poderá receber até 35% dos alunos por dia. Foto: Divulgação
Como vai funcionar?
A partir da próxima segunda (8), cada escola estadual receberá os alunos, com capacidade de 35% do corpo discente por dia.
Ou seja, se uma sala tem 30 alunos, 10 poderão frequentar às aulas no primeiro dia, outros 10 no dia seguinte, e assim sucessivamente.
Ao longo desta semana, as equipes das escolas irão contatar as famílias para planejar o volume de participação diária de alunos.
“Até para prever a quantidade de merenda”, destacou.
Ele salientou que enquanto as regiões estiverem nas fases vermelha e laranja – como ocorre hoje no Estado – os pais não são obrigados a enviar seus filhos às escolas.
“Mas as crianças que ficarem em casa deverão assistir as aulas no Centro de Mídias, pois quando elas retornarem às escolas, deverão estar no mesmo patamar de conhecimento que os demais”, acrescentou.
Assim, a Secretaria de Educação prevê para este ano duas formas de ensino, com as ofertas presencial e remota.
A primeira, com limitação inicial de 35% – que aumentará a medida que as regiões avancem de fases, será presencial, em forma de rodízio.
E a outra, de forma remota.
“O ensino em 2021 será híbrido”, destacou.
Diferenças
Correa esclarece que há diferenças entre educação remota e à distância.
“Na primeira, as aulas são ministradas ao vivo, como um canal de TV, com seis estúdios, onde professores da rede ministram suas aulas. E os alunos podem revê-las quando quiserem. Já nas aulas à distância, elas são gravadas em um plataforma digital para acessar quando quiser”, enfatiza.
Na entrevista, o secretário também fala sobre vacinação para profissionais de Educação, merenda escolar, entre outros assuntos.
Confira a entrevista, que também contou com a presença do vereador e vice-provedor da Santa Casa, Cacá Teixeira.