Com o fim de ano chegando, os hotéis, bares e restaurantes da região já começaram a se organizar para a temporada. Segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sinhores), a estimativa é de que 100% dos hotéis da cidade estejam ocupados para as festas de fim de ano.
Além disso, o presidente do Sinhores, Heitor Gonzalez, está otimista com a proximidade das festas de final de ano. “A expectativa é de que os hotéis tenham até 100% de ocupação, já que alguns hotéis de menor porte já não têm mais acomodações disponíveis para o Réveillon. Normalmente, os hotéis já contam com um quadro de funcionários prontos para receber essa alta demanda”, explica.
Os setores de bares, restaurantes e turismo foram um dos setores mais prejudicados pela pandemia. Dessa forma, com o abre e fecha e lockdowns, os clientes evitaram de ir aos estabelecimentos, causando fechamentos e demissões em comércios.
Contudo, após o aumento da vacinação e equilíbrio nos números da covid – 19, as áreas de turismo, bares e restaurantes voltaram com uma ampla expectativa.
Gonzalez destaca que em relação aos restaurantes a maioria já vem se preparando para esse aumento de fluxo que acontece no fim de ano. O sindicato, inclusive, desenvolveu diversos cursos de capacitação em diversas áreas, entre outubro e novembro, para acelerar a contratação de profissionais qualificados.
“Para a famosa ceia de virada de ano, por exemplo, já existem restaurantes que não têm mais mesas disponíveis. Por esse motivo, muitos aumentaram a equipe em até 100% para poder melhor atender esse fluxo” afirma Heitor Gonzalez.
Turismo
Portanto, pode-se observar que há um movimento bastante importante do próprio comércio. De acordo com Eduardo Silveira, presidente da Associação dos Profissionais de Turismo da Baixada Santista (APT), isso mostra a importância do valor e da recepção do turista na região.
“Eu vejo isso com bastante otimismo, com bons olhos e acredito que há uma preocupação de vários setores, não só do Turismo, mas do próprio comércio, das lojas, no sentido de como se preparar, como atender essa pessoa que vem de fora, e o que oferecer para ela”
Além disso, Silveira destacou sua expectativa para esse ano devido as comemorações. “Sem dúvida, a expectativa é significativa, principalmente porque depois de dois anos sem poder comemorar Natal e Réveillon, agora vamos ter queima de fogos em cidades do Litoral e o verão vem aí com força total”.
Contudo, um fator que alerta não só os turistas como também os moradores é a segurança pública. “Não é segredo que estamos com um problema na segurança pública, que ficou evidente nos últimos feriados, e isso, às vezes, acaba assustando quem vem para o litoral. Mas acreditamos que são ocorrências pontuais, até pela maior presença de pessoas na região, e que isso pode ser resolvido com a Operação Verão, da Polícia Militar, e a ação das guardas municipais”, afirmou Silveira.
Dessa forma, já aparecem sinais de avanço no setor hoteleiro. São turistas que estão se hospedando e frequentando restaurantes e bares abertos em razão da queda dos números e do controle da pandemia.
“Além da expectativa positiva, temos todo esse potencial ainda para ser explorado, com turismo cultural, turismo regional, religioso, e a qualidade caiçara raiz que recebe bem as pessoas na gastronomia. Tudo isso tem atraído as pessoas para a Baixada Santista”, explica Eduardo Silveira
Cruzeiros
A temporada de cruzeiros tem a expectativa de criar 48 mil empregos no país de forma direta e indireta, além de gerar um impacto de R$ 3,8 bilhões na economia nacional, motivado pelos gastos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, favorecendo setores como o comércio e segmentos turísticos, com transporte nas cidades visitadas e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro.
“O setor estava em franco crescimento antes da pandemia. Agora, temos uma temporada de grande recuperação e retorno para a curva ascendente na qual estávamos, com nove navios de cabotagem, que embarcarão milhares de brasileiros, e 36 de longo curso que não vinham para cá desde a temporada 19/20 e que vão trazer estrangeiros para o nosso país”, disse, em nota, Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
Comemoramos esse momento, sempre reforçando que a saúde e a segurança dos hóspedes, tripulantes e das cidades visitadas, a proteção do meio ambiente e o compliance sempre serão uma prioridade para a nossa indústria”, completou.
“Nós, do Ministério do Turismo, estamos muito animados com a temporada de cruzeiros que confirmará, em definitivo, a importância deste segmento para a geração de renda, criação de novos postos de trabalho e recuperação econômica em nosso país. Temos trabalhado diuturnamente para possibilitar que, frente a todo o nosso potencial no campo do turismo náutico, possamos receber cruzeiros de maneira perene ao longo de todo o ano”, afirmou também à Imprensa o ministro do Turismo, Carlos Brito. Santos é a cidade que mais recebe turistas para a temporada de cruzeiros.