A probabilidade de se encontrar o par perfeito para doação de medula óssea é de 1 em cada 1 milhão de casos
Muitas pessoas procuram encontrar um par para completar sua vida. Outras acham que não precisam de um par para ser feliz. Porém para os pacientes que esperam o transplante de medula óssea encontrar um par perfeito é questão de vida.
Milhares de pessoas com leucemia e outras doenças sanguíneas esperam encontrar um doador de medula óssea para sobreviver. Quando não há um parente que seja compatível para doação, a solução para o paciente é encontrar um doador voluntário no REDOME, (Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), porém a chance deste encontro é de um em um milhão.
Para conscientizar o público e aumentar o número de doadores voluntários as redes sociais se tornaram um caminho de se fazer campanhas constantes de conscientização, como a página Leucemia Zero No Brasil. Criada pela autônoma Kátia Garcia, que mora em Itariri, no Vale do Ribeira, a página hoje contabiliza 79 mil curtidas se tornando a maior no projeto de conscientização sobre o assunto.
A história do projeto começa há quinze anos quando Kátia perdeu a irmã por falta de um doador compatível de medula e na época, Kátia e a família conheciam muito pouco da doença, pois ninguém havia tido câncer. Sentindo a necessidade de ajudar outras famílias oferecendo apoio para que eles não se sentissem sozinho na procura por um doador ela criou há quatro anos o Leucemia Zero No Brasil, um espaço que conta e divulga histórias de pacientes, doadores e de pessoas que conseguiram ou continuando procurando o par perfeito. Ela conta que o projeto mudou sua vida, pois o prazer que ela sente ao saber que um paciente está caminhando para a cura da doença é gratificante.
Assim como ela o professor universitário, Adriano C. Machado Pereira de 37 anos, decidiu conscientizar as pessoas sobre a doação de medula óssea e de sangue através das redes sociais, ele é dono da página Doar Medula que contabiliza hoje 11 mil curtidas. A ideia da criação da página surgiu em janeiro de 2013, quando a irmã do professor e sua sobrinha estavam com problemas de saúde e precisavam da doação de mais de 80 doações de sangue e plaquetas. Através da divulgação da história pelas s redes sociais o resultado foi excelente e o número de doadores foi maior do que o necessário e contribuiu para o estoque do hemocentro.
Há alguns anos, Adriano já era doador de medula óssea, porém ao conhecer o caso de uma garotinha de seis anos, chamada Ana Clara, que precisava com urgência de um doador compatível por ter uma doença chamada aplasia medular e após a experiência que ocorreu em sua família ele decidiu incentivar a população a salvar vidas. Hoje, além da página, Doar Medula, ele gerencia outra página voltada para doação de sangue e plaquetas chama Doe Sangue que contabiliza 245 mil curtidas e tem uma parceira com a página de Kátia e juntos trocam experiências, divulgações com o objetivo de salvar vidas.
Inspirados pelo Tinder, a Agência Plano B juntamente com o projeto 5ML de esperança realizou a campanha (veja o vídeo) “Par Perfeito”. Originalmente, o projeto surgiu para encontrar um doador compatível para o pequeno Arthur, a campanha cresceu e se tornou fonte para milhares de pessoas. Na campanha, as pessoas sentem na pele como é difícil encontrar um par perfeito, e que a vida de milhares de pacientes depende do transplante. No site da campanha os possíveis doadores tiram duvidas sobre o processo de doação e são incentivados a espalhar a causa.
(*) Karina Costa é estudante de Jornalismo da Universidade Santa Cecília – Santos (SP)