“Todo o ser humano tem que ser feliz. Mas nem tudo é felicidade. Se você consegue conduzir bem, você passa a vida com mais leveza”.
Assim, a psicóloga Mariângela Fortes define bem a importância da pessoa estar bem consigo própria para viver de forma mais leve.
“O ser humano não nasceu para carregar peso. Se puder aliviar, será melhor”, enfatiza.
E assim entra a Psicologia como forma para enfrentar a dificuldade que muitos tem para olhar para si próprio.
A profissional da Santa Casa de Santos participou do Jornal Enfoque desta quinta (12), quando abordou temas relacionados ao Janeiro Branco.
A data leva à reflexão para a construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade.
Primeiro mês do ano, janeiro é uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e se abrem nas vidas de todos.
A cor branca foi escolhida por, simbolicamente, representar “folhas ou telas em branco” sobre as quais pode-se projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais as pessoas sonham e desejam concretizar.
Pandemia
Segundo Mariângela, a pandemia contribuiu para que aumentasse significativamente o volume de pessoas, especialmente jovens, crianças e adolescentes, que passaram a procurar atendimento psicológico.
“Com o isolamento, as pessoas tiveram que se conviver consigo próprio. E muitas não estavam habituadas”, salienta.
Não bastasse, o convívio familiar ficou mais próximo e muitos descobriram que não conheciam a fundo com quem conviviam ou estavam há anos casados.
Isso afetou especialmente jovens, adolescentes e crianças, que ficaram ainda mais viciadas em celular e computadores.
“Várias delas não querem mais voltar às aulas”, salienta. Relatos de casos de automutilação se tornaram mais frequentes em seu consultório.
“Infelizmente, 70% tomam medicamentos psiquiátricos para lidar com ansiedade e depressão”, enfatiza.
Ou seja, os jovens e crianças de hoje serão os adultos de amanhã, que “estarão no comando”, acrescenta.
Hipnose
Especialista em hipnose e regressão, com uso de técnica de PNL Sistêmica Humanizada, Mariângela Fortes falou também como a hipnose pode contribuir para liberar a pessoa de amarras passadas.
“O passado não muda. Mas podemos aprender sobre fatos anteriores”, diz.
Ou seja, é possível regressar ao passado ‘para levar luz e inteligência para que se aprenda com os fatos ocorridos’.
Ela fez uma analogia de fatos marcantes do passado com os livros.
“Se eu li e gostei daquele livro, vou ficar com ele. Se não gostei, eu o coloco de volta à estante ou dou para alguém. Simples, pois não lerei o livro de novo”.
Ou seja, se um fato que aconteceu no passado incomoda é importante saber como enfrentá-lo e seguir a vida para não repetir o problema no futuro.
“Muitos, infelizmente, ficam lendo o mesmo livro sempre. O ser humano não nasceu para carregar peso. Se puder aliviar, muito melhor”, acrescenta.
Ela defende que toda a pessoa procure um profissional de Psicologia para poder “se olhar para dentro”.
Além disso, ela acrescenta que as atividades físicas contribuem para enfrentar problemas como ansiedade e depressão
“Não conseguimos separar cabeça e corpo. A velocidade quando eu penso é diferente quanto estou parada e quando eu ando”.
Assim, não é possível separar a parte psicológica (cabeça) do físico.
“Você é um conjunto só e tem que cuidar de você”, lembra.
“Assim, você é a única pessoa que vai estar com você até morrer. Bora cuidar da gente”, finaliza.
Jornal Enfoque
O programa completo pode ser conferido nas redes sociais do Boqnews e na TV Com (Canal 11 – Net e Canal 8 – Vivo) Santos, a partir das 15 horas.