A busca pelo tratamento do coronavírus | Boqnews
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Saúde

28 DE MARÇO DE 2020

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A busca pelo tratamento do coronavírus

Com vacinas e medicamentos em fases de testes, fake news sobre possíveis curas se espalharam nos últimos dias pela internet

Por: João Pedro Bezerra
Da Redação

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Uma das questões mais complicadas da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) é o tratamento. Ainda não há cura para a doença.

Pelo contrário, os testes para uma possível vacina estão em fases iniciais.

Nos Estados Unidos, cientistas desenvolveram o primeiro teste em humanos. A vacina será avaliada com um estudo rigoroso sobre a segurança e a resposta dos voluntários.

O mesmo aconteceu na China, que fez o procedimento com 108 voluntários.

No entanto, a expectativa pela vacina requer tempo, no mínimo, um ano.

Quanto aos remédios e medicamentos, também não há uma fórmula exata e eficaz para combater o vírus.

Nas últimas semanas, as fake news se espalharam pelas redes sociais.

Muitas pessoas compartilharam vídeos, imagens e informações de produtos que supostamente eliminariam o coronavírus.

Entre as falsas informações estavam o uso de água morna com sal e vinagre para fazer gargarejo; ou pesquisa de cientistas chineses que constatava que o vírus deixava a maioria dos pacientes masculinos infértil; a morte do vírus acima dos 26º; o consumo de água quente para matar o vírus; receita de coco que seria a cura da doença; pacientes curados do covid-19 com medicamento da aids; o surgimento do coronavírus veio por meio de inseticidas e até o consumo de bebidas quentes que eliminariam a doença.

Todas essas informações foram desmentidas pelo Ministério da Saúde que em seu portal esclarece os mitos e verdades sobre a pandemia.

Medicamentos

Na última terça-feira (24) à noite, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional de TV sobre as medidas e o posicionamento do governo em relação ao novo coronavírus.

O discurso foi polêmico (o presidente defendeu a liberação das atividades e escolas, alvo de críticas por parte de governadores, prefeitos e organismos de saúde) e no fim destacou o avanço da cloroquina no combate ao Covid-19, o medicamento é usado no tratamento da malária, lupus e artrite. Bolsonaro ainda destacou que o remédio é fabricado no Brasil.

No entanto, seu uso requer cuidados.

De acordo com a CNN, um homem infectado pelo coronavírus morreu na Cidade de Phoenix nos Estados Unidos, após se auto medicar com a cloroquina na busca pela própria cura.

Segundo o farmacêutico e coordenador do curso de Farmácia da Unisanta, Walber Toma, a pesquisa com a cloroquina já está sendo feita no mundo todo.

“Pesquisadores estão testando a cloroquina e a hidroxicloroquina contra o coronavirus. Os resultados são muito positivos. Mas, antes de serem liberadas, existem protocolos clínicos que precisam ser observados com mais cautela. Sobretudo quando se fala em riscos em relação a efeitos colaterais e reações adversas. Estes protocolos demoram anos para serem avaliados. Mas há uma força-tarefa acelerando estes procedimentos”.

Além disso, o farmacêutico ressalta que a compra destes medicamentos em fase de teste prejudica a população que os utiliza regulamente.

“Medicações como a cloroquina e hidroxicloroquina são utilizadas para pacientes portadores de doenças reumáticas e também lupus. A falta deles compromete o tratamento de pacientes portadores destas doenças, que são crônicas”.

Melhor remédio: ficar em casa

A melhor forma de combate ao coronavírus é o isolamento social para conter o avanço da doença, diminuindo a curva de crescimento do vírus pelo País.

A medida foi estabelecida pelos governos estaduais e prefeituras, além de médicos infectologistas, sobretudo após ao caos na Itália e Espanha, que vem batendo tristes recordes do número de mortos ao longo dos dias.

Para quem estiver infectado pela doença com sintomas leves deverá ficar em casa de repouso com bastante hidratação.

Só é recomendável a procura por uma unidade de saúde quando os sintomas forem mais fortes.

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