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Opiniões

16 DE SETEMBRO DE 2011

Chances aos jovens

Por: Fernando De Maria

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Quatro em cada dez jovens santistas até 24 anos estão desempregados, segundo o último levantamento do Nese – Núcleo de Estudos Socioeconômicos da Unisanta (dados de março/2010). Trata-se da faixa etária mais atingida pelo desemprego, que chega a 11,2% da população economicamente ativa local.


Por isso, deve-se comemorar  a iniciativa da Prefeitura de Santos que há um ano instituiu o programa Call Santos – Telemarketing e Serviços, oferecendo incentivos fiscais por meio da redução da alíquota do ISS – Imposto sobre Serviços das empresas prestadoras proporcionalmente à quantidade de empregos gerados, cuja alíquota varia dos atuais 3% para até 2%. Calcula-se que a renúncia fiscal tenha sido em torno de R$ 100 mil. Nada em relação ao impacto positivo na economia.


A iniciativa já atraiu duas gigantes do setor: a Tivit e a Atenta. Segundo o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas do Estado, Genivaldo Barrichelo, hoje o setor emprega 2.700 pessoas na Cidade.


E o mercado está aquecido. A previsão é que até dezembro sejam abertas mais 4 mil vagas. O chefe do departamento de Emprego da Prefeitura de Santos e presidente do Conselho Municipal de Emprego, Júlio César Novaes de Paula Santos, aposta em mais empregos no setor, chegando em até 10 mil vagas nos próximos meses. A Atento, por exemplo, está com 732 vagas abertas no momento.


Os números do Caged, do Ministério do Trabalho, reforçam esta realidade. Em agosto, a região abriu 2.304 vagas, alta de 17,2% em relação ao mês anterior. Ao longo deste ano, foram quase 10 mil novos empregos criados, tendo as cidades de Santos e Praia Grande as principais indutoras das novas vagas.


Neste cenário, a função de operador de telemarketing se destaca. De janeiro a julho, foram admitidas 1.382 pessoas e desligadas, 668, com saldo de 714 empregos. Em 2010, foram 819 admissões e 140 desligamentos, tendo 679 vagas de saldo. Em 2009, a função nem aparecia na lista das 20 ocupações que mais empregavam na Cidade.


O salário pode não ser atraente (o piso é de R$ 550,00 + benefícios) por uma jornada de 6 horas diárias. Os requisitos são o Ensino Médio, boa dicção e disponibilidade de horário. As chances de ascensão são reais. Em um mês, um jovem foi promovido no cargo e no salário. Outros ainda aguardam o chamado para iniciar as atividades.


Em razão da alta demanda, existem dificuldades para a contratação de colaboradores que se enquadrem  no perfil desejado. Até aposentados estão retornando às atividades. Sindicatos e o Centro Público de Empregos são os polos de aceitação de currículos. O cenário mostra que graças à  medida simples, o Poder Público consegue promover mudanças na vida de muita gente, especialmente aos que buscam o primeiro emprego.

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