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Opiniões

07 DE MAIO DE 2024

Velha dualidade

Ricardo Mucci

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Convivemos com o bem e o mal desde sempre.

A dualidade está presente em quase tudo: ações, reações, interações, observações.

Recentemente, experimentamos a dualidade política, não necessariamente ideológica, que dividiu o país nas últimas eleições.

Fato é que a filosofia tem várias versões sobre a relação entre o o bem o mal.

#Sócrates, #ThomasdeAquino, #Rousseau, #Maquiavel, #Locke, #Nietzsche, #Kant são alguns dos pensadores que trataram desse tema.

De minha parte, quero explorar uma visão mais contemporânea do tema, partindo da premissa de que o mal não é apenas a ausência do bem, assim como o bem não é a simples ausência do mal.

Quem me chamou a atenção foi Kamlesh Patel Pattel, o #Daaji, guia maior do Heartfulness Institute, um movimento de meditação que tem o coração como ponto focal da prática.

O mundo é habitado por pessoas boas e más.

É preciso que elas existam e se manifestem para podermos distingui-las.

Mas Daaji enfatiza a responsabilidade da gente do bem, que é de difundir esse sentimento para que contamine mais pessoas, inclusive gente do mal.

Dá mais trabalho ser do bem, por que o mal sempre se mostra mais atraente.

São dissimulados, quase indetectáveis, pois para fomentar o mal vale tudo, até fingir-se de bom.

Gente do bem tem que manter o radar ligado na potência máxima, para evitar as armadilhas.

É preciso estar atento, investir nessa qualidade, fortalecer a espiritualidade, manter a mente sob controle e as atitudes coerentes, meditar, orar, agradecer, perdoar, respeitar, entre outros comportamentos que nos alimentam por dentro e por fora.

Isso deve acontecer em todos os ambientes, no trabalho, em casa, na rua e na relação com a natureza.

Gente do mal não tem essas preocupações.

Ligam o foda-se e seguem em frente, sem considerar os danos causados pelo caminho.

O objetivo, quase sempre, está ligado a poder e dinheiro.

Mas como saber se estamos do lado certo?

Simples. É como aquele jantar onde te oferecem um prato indigesto.

Se você aceita para ficar bem na foto, sucumbiu.

Se rejeita, a atitude é transparente e você fortalece o respeito próprio e a auto-estima.

Esse comportamento a gente pode praticar a todo momento, nas relações pessoais ou profissionais.

Na falta de instrumentos precisos de avaliação, use o coração.

Ele não julga, é isento, e sempre vai te oferecer a resposta certa.

Por essas e por outras é que gente do bem tem mais responsabilidade, de proteger e amplificar esse comportamento, para evitar que gente do mal prospere e sejamos seduzidos a aceitar o prato indigesto que nos oferecem todos os dias.

Ser do bem exige atenção e sabedoria.

Sobreviver ao mal dá trabalho, mas vale a pena. Gente do mal não é feliz, mas finge bem.

A felicidade autêntica só nos brinda quando praticamos o bem. O ser humano nasceu para ser feliz, sem disfarces.

Namastê!

 

Ricardo Mucci é jornalista, palestrante e arquiteto de inovações de impacto socioeconômico. É integrante do Conselho do Idoso de S. Paulo. 

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