Convivemos com o bem e o mal desde sempre.
A dualidade está presente em quase tudo: ações, reações, interações, observações.
Recentemente, experimentamos a dualidade política, não necessariamente ideológica, que dividiu o país nas últimas eleições.
Fato é que a filosofia tem várias versões sobre a relação entre o o bem o mal.
#Sócrates, #ThomasdeAquino, #Rousseau, #Maquiavel, #Locke, #Nietzsche, #Kant são alguns dos pensadores que trataram desse tema.
De minha parte, quero explorar uma visão mais contemporânea do tema, partindo da premissa de que o mal não é apenas a ausência do bem, assim como o bem não é a simples ausência do mal.
Quem me chamou a atenção foi Kamlesh Patel Pattel, o #Daaji, guia maior do Heartfulness Institute, um movimento de meditação que tem o coração como ponto focal da prática.
O mundo é habitado por pessoas boas e más.
É preciso que elas existam e se manifestem para podermos distingui-las.
Mas Daaji enfatiza a responsabilidade da gente do bem, que é de difundir esse sentimento para que contamine mais pessoas, inclusive gente do mal.
Dá mais trabalho ser do bem, por que o mal sempre se mostra mais atraente.
São dissimulados, quase indetectáveis, pois para fomentar o mal vale tudo, até fingir-se de bom.
Gente do bem tem que manter o radar ligado na potência máxima, para evitar as armadilhas.
É preciso estar atento, investir nessa qualidade, fortalecer a espiritualidade, manter a mente sob controle e as atitudes coerentes, meditar, orar, agradecer, perdoar, respeitar, entre outros comportamentos que nos alimentam por dentro e por fora.
Isso deve acontecer em todos os ambientes, no trabalho, em casa, na rua e na relação com a natureza.
Gente do mal não tem essas preocupações.
Ligam o foda-se e seguem em frente, sem considerar os danos causados pelo caminho.
O objetivo, quase sempre, está ligado a poder e dinheiro.
Mas como saber se estamos do lado certo?
Simples. É como aquele jantar onde te oferecem um prato indigesto.
Se você aceita para ficar bem na foto, sucumbiu.
Se rejeita, a atitude é transparente e você fortalece o respeito próprio e a auto-estima.
Esse comportamento a gente pode praticar a todo momento, nas relações pessoais ou profissionais.
Na falta de instrumentos precisos de avaliação, use o coração.
Ele não julga, é isento, e sempre vai te oferecer a resposta certa.
Por essas e por outras é que gente do bem tem mais responsabilidade, de proteger e amplificar esse comportamento, para evitar que gente do mal prospere e sejamos seduzidos a aceitar o prato indigesto que nos oferecem todos os dias.
Ser do bem exige atenção e sabedoria.
Sobreviver ao mal dá trabalho, mas vale a pena. Gente do mal não é feliz, mas finge bem.
A felicidade autêntica só nos brinda quando praticamos o bem. O ser humano nasceu para ser feliz, sem disfarces.
Namastê!