José Carlos Peres quer “resgatar a credibilidade” do Santos Futebol Clube | Boqnews
Foto: Thalles Galvão

Eleições Santos Futebol Clube

24 DE NOVEMBRO DE 2014

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José Carlos Peres quer “resgatar a credibilidade” do Santos Futebol Clube

Candidato da Chapa Santos Vivo (chapa 1) quer dividir os jogos entre a Vila Belmiro e o Pacaembu; além disso, destaca a importância do saneamento das dívidas e ações de marketing para alavancar o Peixe. Ele ainda afirmou que o clube “está dividido em uns 50 grupos”

Por: Da Redação

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Como sanear as dívidas do clube e montar um time competitivo?

Meu nome é José Carlos Peres, tenho 66 anos, 36 anos de sócio do clube, sou remido, tenho duas cadeiras cativas, já trabalhei pelo Santos algumas vezes. Criei a subsede de São Paulo, que fez mais d e12 mil novos sócios na época. Fui diretor da Federação Paulista de Futebol, onde defendi o Santos. Tivemos a unificação dos títulos brasileiros, de 1959 a 1970. Neste período, o Santos ganhou seis títulos brasileiros que foram esquecidos pela CBD e CBF. Num trabalho muito forte junto com o Odir Cunha, trouxemos para o Santos seis títulos brasileiros. Aliás, tem um candidato que fala que é o maior campeão do clube, mas eu trouxe seis títulos brasileiros, que eram de Pelé, Coutinho. Eu trouxe o setor Visa, que não era para ficar embaixo, era para ficar em cima, onde é o retão, mas algumas pessoas foram contra e fizemos embaixo, tirando um pouco da pressão exercida sobre o time adversário quando joga na Vila Belmiro. Fizemos o Santos Tour. Montei as embaixadas, que hoje mudaram o nome só para dizer que não era meu projeto, hoje são os consulados. E, por último, o G4 Aliança Paulista, um trabalho que nós fizemos como diretor da FPF, cuidava dos quatro grandes times de São Paulo, durante um recepção que fizemos no CT Rei Pele surgiu a ideia de trabalhar em parceria e trouxemos grandes parceiros com Brahma, Coca-Cola e etc, além de vários licenciamentos. Também conseguimos a negociação do campeonato Paulista de 2015 a 2015. Sobre a dívida, queria fazer uma observação: não dá pra aprofundar esta questão porque é uma caixa-preta e ninguém sabe quanto o Santos deve. O Presidente diz que é cerca de R$ 100 milhões, no Conselho dizem R$ 350 milhões; a mídia fala que é R$ 80 milhões. São números divergentes e só saberemos em janeiro, quando fizermos uma auditoria. Primeiro queremos chegar aos números e, depois, fazer uma auditoria para saber para que nós devemos, por que devemos e desde quando devemos. A questão do time forte: temos que equalizar a dívida e ter um time forte, aproveitando mais a base, contratando com critério, cada centavo do Santos vamos trabalhar com bastante critério para que não aconteçam contratações de R$ 50 milhões que acabam não dando resultado. Ao mesmo tempo em que se paga a dívida nós temos que buscar novas receitas. Elas estão em cima de patrocínio, de povoar a Vila Belmiro, pois hoje temos uma média de público muito pequena.

 

A maioria dos torcedores prefere, segundo enquete realizada pela Enfoque Comunicação com sócios do clube, uma ampliação da Vila a construir um novo estádio. Como vê essa questão?

No dia 2 de janeiro, temos que atacar e equalizar as dívidas. Um time fortíssimo, a princípio, nenhum dos candidatos pode promoter, mas um time competitivo sim, aproveitando a base, algumas contratações de campeonato paulista e buscar novos talentos. Sobre o estádio, é algo que não dá pra discutir agora. Nossa plataforma quer trazer todos os sócios para discutir isso. O sócio é o dono do clube e ele deve ser consultado. Vamos dar ênfase a essa aproximação com o sócio e procurar a melhor solução em questão a Vila e Pacaembu. Uma coisa é certa: jogaremos nestes dois lugares. Com tabela pré-determinada. Em janeiro, diremos a quantidade de jogos na Vila e no Pacamebu. Com isso, você consegue dar um referscno no bolso do torcedor de Santos e São Paulo. Não adianta colocar todos os jogos lá, pois em um momento dói no bolso e não temos uma torcida flutuante no estádio, algo que nós temos que construir. Enquanto isso não existir, faremos 50% lá e aqui. Falo em percentual, mas definiremos isso em janeiro. E faremos um trabalho de hospitalidade para trazer novamente o torcedor ao estádio. Antes de se falar em mexer na Vila Belmiro e mexer no Pacaembu, temos que povoar o estádio. Hoje com uma média de público de 4, 5 mil torcedores, não dá para pensar numa nova arena em Santos. Em São Paulo com 15 mil também não dá para mexer no Pacaembu. Queremos fazer de Santos a nossa casa, como sempre foi, e São Paulo será nossa segunda casa, como foi no tempo de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. O Santos saia daqui da cidade, pois é histórico a Vila não lotar. No tempo do Pelé também dava 3, 4 mil. O que o Santos fez? Foi jogar onde tem público. Ia ao Pacaembu. Quando tinha alguma decisão, jogava no Maracanã. E sempre lotando. E ninguém reclamava. Hoje existe essa coisa de jogar todas aqui (Vila). Se continuar assim, nós vamos continuar vivendo com essa média de público de 3 mil. Nós queremos lotar aqui e lotar lá, com hospitalidade, o tratamento para as famílias voltarem ao estádio; fazer com que as torcidas organizadas comprem a ideia e trabalhem com voluntárias, para tirarmos a violência do futebol. Por que enquanto isso não acontecer, nós não teremos público no estádio. A acomodação é ruim, e temos que dar o máximo de conforto. A alimentação é horrível, temos que fazer novos convênios com empresas para oferecer alimentação decente. Nas redondezas da Vila, vamos abrir as portas laterais e deixar vender tudo. Nós temos que fazer isso, pois o cara vai visitar a Vila, tem que ser um lazer e o consumo dos produtos. Tem gente que diz que o torcedor não vai ao estádio porque tem a televisão. Eu acho que esta visão é muito curta e não abrangente. Para trazer o torcedor pro estádio, você tem que tratar bem e com conforto. Quando joga no Pacaembu, você tem que colocar ônibus para levar o torcedor daqui para lá. Quando é aqui, tem que fazer um convênio e trazer para Santos. Tudo isso faz parte do conforto, atendimento e segurança.

José Carlos Peres

“Nas redondezas da Vila, vamos abrir as portas laterais e deixar vender tudo. Nós temos que fazer isso, pois o cara vai visitar a Vila, tem que ser um lazer e o consumo dos produtos” Foto: Thalles Galvão

 

 

Aprofundando a questão do mando dos jogos, o Santos tem torcida espalhada por todo o País. É possível levar jogos para outros locais como o Interior do Estado e o Norte do Paraná, além de outras capitais?

Existe interesse sim, se formos eleitos, vamos jogar em São Paulo e onde for interessante para o clube. O Santos tem hoje a segunda maior torcida do norte do Paraná, é fantástico, já comprovou em jogos lá, sempre lotando estádio. Também vai ser em Cuiabá, que tem torcida, Londrina… Vários locais que você pode levar o time para jogar. E há também uma possibilidade de jogar no Maracanã, voltar à nossa casa. Volto a repetir: o Santos de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe jogava mais fora do que na Vila, é só pegar a estatística para comprovar.

 

Como o senhor vê o papel do Comitê de Gestão do Clube?

Eu penso em dar outra finalidade. Hoje temos um Comitê de Gestão que foi aprovado pelo Conselho Deliberativo. Vamos respeitar e montar o comitê como manda o estatuto, para não dar nenhum golpe. E vamos fazer uma reforma estatutária. Entre outras: ao invés de um comitê de gestão, teremos um conselho de administração.  Nós fizemos um estudo, dá para trazer gente importante de Santos para fazer parte deste conselho, que não ficará à mercê de eleição. São figuras que vão colaborar com o clube, não politicamente, mas na prática. Vamos estudar uma regra sobre como preencher esta vaga, de acordo com o Conselho.

 

Essas pessoas teriam que função no Santos?

Vão elaborar o planejamento estratégico e financeiro, fiscalizando todos os gastos e a gestão como todo. E o presidente e o vice vão trabalhar buscar dinheiro e recursos para o clube através do marketing e venda de jogadores. A venda do jogador – quer sim, queira não – é uma fonte de renda para o clube. Então, tem que saber contratar bem para vender bem. Você contrata, usa e, depois de um tempo, vende para ter lucro e dinheiro para o clube. Hoje isso não acontece. O cara vem para o clube e sai de graça, como o Ibson e outros aí, com raras exceções como o Montillo que foi vendido e, mesmo assim, ficou abaixo do que se pagou. Essa distorção que queremos resolver e trazer essa receita. Isso que é o Conselho de Administração. E isso significa que voltaremos ao presidencialismo absoluto, onde o presidente tem o ônus e o bônus. Se trabalhar direito ele terá bônus, se não, será criticado, perseguido e não terá o direito de apontar seu sucessor. Outra reforma que pretendo fazer é em relação à reeleição. Eu assinei um documento dizendo que não sou candidato à reeleição. Eu acho isso um mal que ocasiona outros males. Por melhor que você seja numa eleição, seguinte ou você tira o pé ou você dá o sangue. Mas, se tiver resultado de futebol, você joga para debaixo do tapete, e o cara caba sendo eleito como aconteceu nesta eleição do Santos, quando o presidente foi ancorado por resultados de Neymar e Cia e acabou tendo 87% dos votos. Ninguém percebeu que dentro do Santos já tinha uma guerra que gerou cinco candidatos nesta eleição e, no mínimo, 50 grupos dentro do Santos. O Santos está todo dividido. Eu achava difícil o Santos chegar no (caso do) Palmeiras, mas acredito que tenha ultrapassado em questão de divisão de forças. Não esquecendo que somos todos Santistas, apaixonados pelo Santos. A gente discute o que nos divide, mas não discutirmos que somos santistas e nós queremos o bem do Santos, não o bem próprio. Se tiver um candidato que esteja visando o bem próprio, tem que ficar a critério do sócio analisar bem quem é que já fez pelo clube e tem competência. Hoje temos a melhor equipe para equacionar a dívida. Temos quatro pessoas indicadas para o comitê de gestão e, além deles, deixamos três nomes em aberto porque, se eleito, em janeiro vou chamar todo mundo, sentar à mesa todas as lideranças e vamos acabar com as divisões. Temos que reunificar o Santos, virar uma massa só. Quero ver o que cada candidato tem de melhor para oferecer. E aí vamos fazer uma gestão série, ética e transparente. Para mim, negociar cargo antes da eleição é imoral, não faço isso. Não negociei cargo nem para minha equipe. Eles estão porque são idealistas. Agora, em janeiro, é diferente. Quem tiver méritos, vai trabalhar. Não é porque trabalhou para mim que vai ter cargo garantido dentro do Santos.

 

José Carlos Peres

“E aí vamos fazer uma gestão série, ética e transparente. Para mim, negociar cargo antes da eleição é imoral, não faço isso. Não negociei cargo nem para minha equipe. Eles estão porque são idealistas” Foto: Thalles Galvão

A base é reconhecida internacionalmente como um celeiro de craques. Como o senhor vê hoje a estrutura da base? Quais ações o senhor planeja para esta área?

A base do Santos, e isso é histórico, não tem Centro de Treinamento, não tem alojamento para os atletas. Não há um trabalho de psicologia de fato, integrado ao profissional. Este departamento é importante porque ele vai ter o histórico do atleta da base ao profissional. Ele acompanha o cara lá de trás e sabe os problemas dele. E temos que parar com esse negócio, que é muito comum no Santos, de elevar um jogador para o principal, daí o cara vai mal duas partidas, acha que “sentiu” e manda o moleque de novo para a base. Isso é pior. Então, a base precisa ter uma atenção especial muito forte. A nossa intenção é ter um diretor técnico que faça um trabalho. Temos que acabar com o superintendente que existe hoje aí, e ter um cara que faça a integração da base com o profissional, como todos os clubes da Europa possuem. Significa que esta pessoa vai cuidar de todos os esportes, pois nós temos a intenção de voltar com o futebol feminino, isso ancorado em um patrocínio. O futebol de salão também e outras atividades esportivas, como o surfe, que é a cara da cidade de Santos. Dos grandes clubes de São Paulo, somos o único que tem essa condição favorável. Vamos fazer um trabalho de apoio ao surfe, ao futebol de praia, ao vôlei de praia. Faremos várias ações, inclusive, pensando nas olimpíadas do Brasil e que a marca do Santos seja mais reforçada durante o evento. Onde conseguirmos colocar o logo do Santos com qualidade, vamos fazer, não vamos entrar em qualquer lugar.

 

O senhor já tem alguém em mente para este cargo de diretor técnico?

Tem vários nomes, como não escolhemos vamos deixar em aberto e, com certeza, é o cara que vai viver 24 horas de esportes, e não vai ter direito de imagem, como hoje acontece com o Zinho. Traremos uma pessoa comprometida e identificada com o Santos, um profissional de qualidade para dar um baque, que hoje o futebol do Santos está precisando.

 

Falando do profissional agora, o senhor pretende manter o Enderson Moreira? Com pouco tempo até a estreia do Paulista, como montará a equipe?

Nós entendemos que esta será uma eleição dura e difícil, o sócio tem que pensar muito bem onde ele está entrando. Nós somos o novo, não temos rejeição por não ter rabo preso com ninguém. Já fizemos muito pelo clube, e quero fazer mais, dedicar três anos da minha vida, atacando em São Paulo, onde estão as maiores empresas do País. Na questão do técnico, é cedo para falar. Ele ainda está no Campeonato Brasileiro. Seria deselegante dizer que ele vai embora ou vai ficar. Se falar que ele ficará posso estar mentindo ou falando a verdade. Ele pode melhorar, a  gente pode ver qualidade nele. Mas, se não ficarmos com ele, temos opção. Trabalhamos opções fantásticas. Se ele não ficar, se for decisão de grupo, você pode ter certeza que o Santos vai ter tudo de melhor, a começar de cima. O garoto tem que olhar para o técnico e falar: “opa, aí tem história. Tem que respeitar”. Eu acho que falta muito disso. A outra questão é pagar em dia. A partir do momento que paga atrasado, o jogador não tem cabeça para jogar. O jogador é um pouco diferente de nós que trabalhamos no mercado, ele vive na emoção e isso dá distorção quando ele se sente ameaçado em relação a alguma coisa. E uma delas é receber o salário. O cara lê todos os dias que os clubes estão mal, não pagam salários. Quando atrasa o salário, ele fica temeroso. Primeira coisa a se fazer é equalizar a dívida para pagar estes salários em dia. Aproveitando a base e um técnico que tenha um perfil de base.

 

Mesmo se o Enderson não continuar, vocês estão procurando e em contato com outros treinadores. É possível dar mais detalhes?

Estamos de olho sim, pois teremos pouco tempo (até o Paulista). É um tiro curto, terá só dezembro para pensar. Não dá para fazer quase nada. Pode ser estrangeiro, temos olhado, assim como quem está empregado, desempregado; entrando ou saindo. Eu acho que tudo isso é opção. E o perfil é simples: tem que ter um técnico que os jogadores respeitem, que o próprio departamento médico, Cepraf, também respeitem. Tem que olhar este profissional com respeito. E o torcedor vai ter o respeito também pois sabe que o cara tem história.

 

Jose Carlos Peres

“E o perfil (do tecnico)é simples: tem que ter um técnico que os jogadores respeitem, que o próprio departamento médico, Cepraf, também respeitem. Tem que olhar este profissional com respeito”

 

Hoje o senhor mora em São Paulo. Pensa em se mudar para Santos caso vença?

Moro em São Paulo, tenho uma casa no Guarujá e estou comprando um apartamento aqui (em Santos). Vou morar na Baixada e vou ter que subir também, pois aqui eu tenho o clube e em São Paulo é o lugar que temos que explorar o marketing – que provavelmente faremos na Capital. Nós temos uma subsede que custa para o Santos R$ 18 mil por mês, mas é uma subsede de primeiro mundo, dá orgulho de receber alguém interessado por patrocínio. É a imagem que você vende logo de cara. Há discussões no grupo e com o associado para levar o marketing para São Paulo, pois lá estão as maiores empresas do mundo e é muito mas fácil o cara ir na Alameda Santos, 700 – onde é a subsede do que descer a serra, pegar comboio. No meio do caminho ele já vai querer retornar e ir embora. E aqui terei o mesmo problema, vou subir pegar comboio. Mas a intenção é morar aqui; em São Paulo, e, às vezes, no Guarujá também. Mas terei uma participação grande aqui (em Santos). Apesar de ter um conselho gestor, acho que tem que trabalhar no mínimo 10 horas por dia. Se o cara não conseguir fazer em 10 horas, esquece. Ele não faz em 20. Quero montar lá (em São Paulo) um Gabinete do presidente. E esse gabinete nunca vai ficar vazio. O sócio pode ter certeza que não ficará abandonado. No dia 2 de janeiro já estará funcionando aqui. Nós vamos falar com o prefeito, nas grandes personalidades da cidade, nos grandes investidores e falar: “Vamos pensar um pouco? O que vão fazer pelo Santos?”. A Prefeitura nunca se interessou sempre se colocou contrária a mexer no estádio, a ampliar a Vila. Na hora que fala que tem que desapropriar algumas coisas para poder crescer, os caras se arrepiam e nem querem tocar no assunto. Me desculpa. Eu garanto que se Santos não fizer, São Paulo vai fazer. Sem tirar o Santos daqui, que será o berço. Mas eu vou ter que apelar. Mas espero que a cidade contribua. Armênio Mendes, todos estes nomes que existem, eles investiram no Internacional (de Regatas), mas quero vê-los investindo na Vila Belmiro. Aí nos vamos discutir com o sócio o que é melhor. Mas não adiante eu levar para a discussão. É o sonho de todo mundo ter conforto, uma casa arrumadinha. Ou pegar a Vila e dar uma puta arrumada, dar uma ajeitada nela. Daqui dois anos a Vila faz 100 anos. Eu assisti um jogo na Vila e fico entro o setor social e o retão. Fui subir porque estava muito sol, e você bate a cabeça. E o sujeito que estava do meu lado também. Então, a Vila merece uma reforma bonita para não só embelezá-la, mas torná-la mais prática. Mas isso quem vai decidir é o sócio. E comemorar o centenário da Vila com mais dignidade do que foi o do clube. O centenário foi, na nossa ótica, um desastre. Brincadeira o que fizeram com o centenário do clube. E a gente pretende fazer uma grande festa no centenário da Vila Belmiro.

 

Qual a marca que o sócio e torcedor pode esperar do mandato do senhor à frente do Santos Futebol Clube?

O grande objetivo é credibilidade, deixar com credibilidade para o próximo presidente. È você não antecipar redes de tevê, pois hoje anteciparam quase tudo. Deixaram uma herança maldita para o próximo presidente, seja ele quem for. Deixar um clube equalizado na questão da dívida; auto-sustentável; trazer o torcedor novamente ao estádio, para que ele volte à Vila, ao Pacaembu, mas para que ele não volte somente ao estádio, mas seja sócio do clube também. Não dá para cobrar o mesmo de um sócio de Santos, do que um cara que mora em Manaus, Mato Grosso, Recife ou Paraná. Criar faixas diferenciadas por distância. Temos que fazer sócios e lotar estádio. E consumir nosso produto. Ter fornecedor de material esportivo que trate o Santos com respeito e de forma coesa, pois é uma marca centenária e ua marca que já teve o maior jogador do Mundo. Hoje você viaja para a Europa e não vê uma camisa do Santos em lugar nenhum. Uns 30 anos atrás você ainda achava uma camisa do Santos em Paris, inclusive na época em que a Adidas fornecia o material esportivo. Hoje, nada. De nenhum time do Brasil. Queremos ser pioneiros e voltar a internacionalizar a marca. Com uma visão bem periférica na questão do marketing. Essa palavra sugere muitas coisas, não só o comercial. Hoje não adianta ter só um cara que faz o produto, quem vende você não tem. Não dá para o cara criar em vender, tem que ter um departamento comercial. Hoje quem faz muito bem é o Cruzeiro. O São Paulo está adotando isso este ano.

 

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