O atacante Ricardo Oliveira tentou fazer um discurso político para cobrar os salários atrasados no Santos. O camisa 9 alega que não está cobrando a dívida em público, mas ressalta que o caso já “passou do prazo” para ser resolvido.
“É agravante, mas não é determinante para a situação do time hoje na tabela. É agravante pelo fato de que somos funcionários do clube. Não só nós atletas, como os que cuidam do campo, da cozinha. Mas é uma situação que já discutimos entre nós. Eles estão empenhadíssimos em resolver essa situação, porque eles também entendem que já passou do prazo. E as coisas quando vão acumulando ficam mais complicadas para você conseguir solucionar. Mas acreditamos que em breve estará tudo resolvido e já não teremos de falar dessa situação, porque sempre que tocamos neste ponto existem os mais maliciosos que vão pegar uma frase e colocar que estamos reclamando dos salários atrasados”, afirmou Ricardo Oliveira.
O camisa 9 fez questão de dizer que o atraso salarial não tem influência dentro de campo, pois os jogadores não fazem corpo mole em treinos e jogos. O Santos está na zona do rebaixamento, na 17ª colocação, com 13 pontos ganhos.
“É agravante, mas não é determinante por essa situação. Estamos nessa situação pelo o que fizemos na competição. Todo mundo chega antes, faz o treino, fica aqui no campo até o final. Todo mundo sabe da índole e do caráter dos jogadores que têm aqui. Ninguém vai ficar gritando que a situação tem de ser resolvida o quanto antes, porque existem pessoas capacitadas para resolver isso”, completou.
O UOL revelou nesta quinta-feira que o camisa 9 é o responsável do elenco por negociar os atrasados com a diretoria santista.
O camisa 9 cobra os dirigentes até em aviões e ônibus durante as viagens da delegação santista. Ricardo Oliveira, aliás, não recebeu um centavo desde que renovou contrato com o clube e teve seu salário reajustado na reta final do Campeonato Paulista.
A diretoria santista voltou a atrasar o ordenado do elenco e até dos funcionários. Elenco e comissão técnica não recebem há dois meses. A cúpula alvinegra não pagou direitos de imagem e nem CLT [Consolidações das Leis Trabalhistas] nesse período. Os jogadores também cobram as premiações do Campeonato Paulista.