Depois do péssimo futebol apresentado pela seleção brasileira na derrota da última quarta-feira (17) contra a Colômbia na Copa América ficou evidente que a tão temida neymardependência é real. Quando o craque brasileiro vai mal, a seleção segue o mesmo caminho. O cartão vermelho recebido pelo atacante no final da partida por agressão ratificou que o dia realmente não era de Neymar.
O jogador não teve a produção habitual e tampouco foi ajudado por seus companheiros de time. Ele reconheceu que não jogou bem, mas apontou que o estresse em campo tem a ver com a atuação do árbitro na partida, que o expulsou após o apito final.
O Comitê Disciplinar da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) julgou na última sexta-feira (19) que Neymar ficará suspenso por quatro jogos, e portanto ficaria fora da Copa América nos próximos dias. E com isso, a possibilidade de perder o camisa 10 pelo resto da competição foi ainda pior do que o resultado contra os colombianos.
A decisão, contudo, cabe recurso, que tem como data limite este sábado (20). A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reclamou que houve abuso de autoridade do juiz chileno e que isso desestabilizou o craque.
Em entrevista coletiva, o técnico Dunga disse que acredita que fatores extracampo prejudicaram Neymar. “Não dá para desvincular o que ocorre na nossa vida pessoal da profissional”. Complicado com a justiça espanhola, o craque soube um dia antes do jogo de que ele, seu pai, dois ex-presidentes do Santos e o ex e o atual presidente do Barcelona serão investigados pela nebulosa transferência que o levou para a Europa.
Ruim com ele, pior sem ele
Com Neymar fora do jogo decisivo contra a Venezuela neste domingo (21), às 18h30, o Brasil precisa mostrar um futebol mais contundente se pensa em avançar na Copa América. Pressionada após a vitória do Peru em cima dos venezuelanos na última quinta (18), a seleção está empatada em três pontos com as três demais seleções no grupo.
É bem provável que o Brasil avance para a fase quartas-de-final. O regulamento da competição diz que além dos dois primeiros, passam também o melhor e segundo melhor terceiros colocados de cada grupo.
Variações não faltam, entre os adversários mais cotados estão Uruguai, Bolívia, Argentina e Chile. Independente de quem seja, será pedreira ainda mais com a rgande possibilidade de não ter Neymar para essa partida.
As duas últimas vezes que o atacante esteve de fora de um jogo da seleção canarinho, aliás, foram nas vexatórias derrotas para Alemanha (7×1) e Holanda (3×0) na Copa do Mundo. Sinal de preocupação para o domingo (21).