Candidatos poderão impulsionar publicações de campanha em redes sociais | Boqnews
Foto: Divulgação

Eleição

13 DE AGOSTO DE 2018

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Candidatos poderão impulsionar publicações de campanha em redes sociais

Além das campanhas gratuitas em televisão e rádio que irão começar a partir do dia 31 de agosto, publicidade de campanha estará presente no feed de notícias

Por: Da Redação

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Em breve, na sexta-feira (31), as campanhas eleitorais chegarão ao público por meio dos rádios e das televisões, através da campanha eleitoral gratuita. Neste ano, o modelo de campanha sofreu algumas alterações, sendo uma delas a permissão de impulsionamento nas redes sociais.

Ou seja, os internautas irão receber em seus feed de notícias conteúdo publicitários pago pelos políticos.

O grande fenômeno da internet tem sido a desinformação. Durante a corrida presidencial nos Estados Unidos, o candidato Donald Trump foi acusado de usufruir milhões de dados de usuários do Facebook. E também de ter bots (robôs virtuais) aliados, que colaboraram na campanha do atual presidente americano.

Arte: Mala

Previsões

O professor universitário de instituições políticas e sociais, Marcelo Gazolli, acredita que há chances para o surgimento de bots e de fake news. Ainda que as redes sociais e a própria Justiça Eleitoral estejam anunciando medidas para coibir tais práticas.

“Se consideramos que num país como os Estados Unidos, grande, rico e tecnológico, cujo voto é facultativo, foram utilizados robôs e fakes para potencializar candidaturas, tudo leva a crer que aqui também poderão ser usadas artimanhas”, afirmou.

Para ele, é fundamental que o eleitor evite anular o voto.

E também que o cidadão faça um juízo crítico a fim de concluir qual candidato é merecedor da sua confiança.

”Eu percebo que existe um movimento muito intenso em prol do voto em branco ou nulo, ou mesmo até de não comparecimento ao pleito, em prática que se mostra oposta ao dever de cidadania, até porque, de uma forma ou de outra, aqueles que forem os mais votados irão assumir o poder”, disse Marcelo Gazolli.

Procura

O professor universitário explica ser indispensável fazer uma pesquisa profunda sobre o candidato. De seus feitos, sua reputação e sua vida dentro e fora da política. A fim de consolidar a convicção de se estar escolhendo a melhor dentre todas as opções. “É preciso ir além do discurso dos candidatos, até ao ponto de desvelar suas verdadeiras práticas”.

Gazolli acredita que a “onda” de aversão à política, atualmente bastante cultivada na sociedade, interessa a determinados grupos que tem se perpetuado no poder. Também acentua o perigo do extremismo.

“As posições extremas podem conduzir o país a soluções drásticas, como a ditadura ou a revolução, ambos caminhos violentos e violadores do estado de direito. Entendo que a melhor alternativa para diminuir as chances disso é participação ativa não só no processo eleitoral, mas especialmente no acompanhamento da atuação dos que forem eleitos. O próximo governo terá que enfrentar um cenário de crise econômica e pautas de enorme impacto social, como a reforma da previdência. Por isso é muito importante que o eleitor leve a sério as eleições e se dedique a escolher candidatos que verdadeiramente o representam, sob pena de, depois, não ter condições morais para ficar reclamando das consequências da sua própria omissão”, afirmou.

Renovação Política

Para o educador, as alterações nas regras eleitorais destas eleições tendem a dificultar a renovação de políticos. ”A diminuição do tempo da campanha, a modificação da sistemática de doações, a quantidade de partidos e a impossibilidade das candidaturas avulsas tendem a dificultar a exposição de novatos e a destacar os já conhecidos, que estão na política faz tempo”.

Por fim, Marcelo Gazolli faz questão de ressaltar: “A Democracia não é um modelo perfeito. Trata-se de um processo que demanda constante evolução e participação. Sendo um modelo comprometido com a dignidade humana por permitir o exercício da liberdade.”

Opções

Portanto, ao votar, os cidadãos podem optar entre escolher um candidato específico, ou votar na legenda. Nas vagas para a Câmara de Deputados, não é necessariamente que o mais votado que ganha a competição.

Existe o quociente eleitoral, que é um calculo feito que relaciona o número de votos válidos, com o número de cadeiras disponíveis.

Em caso de coligação, se um político do Partido X, fizer uma chapa com o Partido Y, mediante a quantidade de votos que sobrarem, é possível que um candidato com votos em excesso possa puxar seus aliados. Desde que eles tenham 10% do seu quociente eleitoral.

No âmbito estadual, do total de 513 cadeiras existentes na Câmara Federal; 70 são destinadas para o Estado de São Paulo. Como por exemplo, o Deputado Celso Russomano nas eleições de 2014 obteve 1.524.361. Sendo assim conseguiu garantir a vaga dele, e a de mais quatro candidatos de seu partido.

Facebook

O Facebook abriu nessa quinta-feira (9), o processo de registro de propagando eleitoral pela rede social. Lá os candidatos e partidos poderão impulsionar suas campanhas.

Como exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o cadastramento é obrigatório para todos os candidatos ou legenda. Dessa forma tendo assim a permissão para criar publicações pagas. A inscrição tem que ser feita por meio de um formulário específico disponibilizado no próprio Facebook.

Assim, ao invés de aparecer na parte superior como ”patrocinado”, a publicação será apresentada como ”propaganda eleitoral”.

Portanto, os candidatos que fizerem a publicação precisam apresentar o próprio CPF, e também a legenda da qual faz parte. Para os partidos poderem impulsionar as publicações, terão de apresentar o CNPJ da agremiação.

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