“Governo adotou estratégia criminosa”, diz senador Humberto Costa (PT/PE) | Boqnews

CPI da Covid

17 DE SETEMBRO DE 2021

Siga-nos no Google Notícias!

“Governo adotou estratégia criminosa”, diz senador Humberto Costa (PT/PE)

Senador Humberto Costa, um dos integrantes da CPI da Covid, adiantou alguns pontos que estarão no relatório final a ser concluído em breve

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Uma série de crimes cometidos pelo Governo Federal a serem apresentados nas esfera nacional e internacional são alguns dos resultados do relatório produzido pela CPI da Covid no Senado.

Dessa forma, a informação prévia foi divulgada pelo senador Humberto Costa (PT – PE), um dos integrantes da CPI da Covid.

Assim, durante o programa Jornal Enfoque – Manhã de Notícias, Costa enumerou uma série de pontos que constarão no relatório final a ser divulgado até o início de outubro, prazo previsto para conclusão do relatório, como acredita o parlamentar.

“Mas podem surgir novos fatos”, acrescenta.

Afinal, a CPI tem até novembro para conclusão do relatório.

Portanto, conforme o senador, o Governo Federal apostou na imunidade individual para chegar à imunidade de rebanho.

“Isso seria plausível em uma doença simples, mas não para a Covid-19”, salientou o político, médico de formação.

“Foi uma atitude criminosa e dolosa. Quem adotou este discurso tinha consciência do quadro tão terrível”, salientou.

Não bastasse, o Brasil caminha para as 600 mil mortes pela doença.

Crimes

Costa enumerou também outros itens como a omissão e demora por parte do Governo Federal na abertura de eleitos de UTIs, demora e negação na contratação de vacinas, além da defesa de medicamentos sem eficácia comprovada, como a cloroquina e hidroxicloroquina.

“Foram vários crimes contra a saúde pública”, enfatizou.

Por sua vez, o relatório terá como destino o procurador geral da República, Augusto Aras, a qual o senador espera que “dê andamento aos pedidos da CPI”.

Assim, sintetiza: “Esperamos que ele cumpra seu papel e dever”, enfatizou.

Além disso, o material será encaminhado ao Congresso para análise com pedido de impeachment contra o presidente.

Acrescente-se que o Supremo Tribunal Federal, ” dará a palavra final”.

E ainda: ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, acusando o presidente Bolsonaro de ter cometido crime contra a humanidade.

Senador Humberto Costa adiantou alguns pontos que estarão no relatório final da CPI da Covid, que deverá estar concluído no início de outubro. Foto: Reprodução

Vacinas

Não bastasse, o senador enfatizou os escândalos de corrupção na compra de vacinas, como a Covaxin, alvo de investigações, e a CanSino.

Além disso,  adiantou que o nome do deputado e ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros, estará na linha de frente de nomes divulgados no relatório final da CPI.

Prevent Senior

Autor do pedido de depoimento do diretor executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior,  o senador explicou também os motivos de esclarecimentos sobre como a empresa atuou no combate à Covid.

Já o depoimento ocorreria nesta quinta (16), mas foi transferido para quarta (22),

Assim, denúncias publicadas na imprensa – com base em dados obtidos na CPI – mostram que funcionários da empresa teriam sido obrigados a aplicar o Kit Covid em pacientes, com medicamentos não comprovados cientificamente, além da tentativa de ‘abafar’ casos fatais da doença.

Por sua vez, a empresa nega.

“Ela tentou dar um verniz científico ao uso de medicamentos não comprovados, entre outros tópicos”, salientou.

Vacinas em adolescentes

Costa também criticou a interrupção da paralisação da vacinação entre adolescentes defendido pelo Ministério da Saúde, após rever posição anteriormente colocada pelo próprio órgão.

Não bastasse, também analisou o código eleitoral.

Além disso, adiantou  que dificilmente haverá tempo hábil para votar a tempo as mudanças eleitorais – precisa ser votado até outubro, um ano antes das eleições.

“Eu acho que o Código tem coisas boas, mas também muita coisa ruim. São mais de 900 artigos para discussão em uma ou duas semanas. Acho irresponsabilidade votar em tão pouco tempo. Tenho dúvidas, aliás, se haverá tempo”, enfatizou.

O advogado-geral da União, André Mendonça, terá dificuldades de obter a tão almejada vaga no STF, acredita o senador. Foto: José Cruz/Ag. Brasil

André Mendonça

Assim, sobre o ex-ministro da Justiça e Segurança, André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga no Supremo Tribunal Federal, Costa crê em dificuldades para que ele obtenha resultado positivo no Senado.

“Eu acho muito difícil. Ele está abandonado pelo próprio governo”, disse.

“Nunca vi um candidato ao Supremo tão sozinho, tão isolado, como o Dr. André Mendonça. Não vemos o líder do governo caminhando com ele tentando trabalhar votos”.

Assim, segundo ele, as chances praticamente inexistem.

“Se for à votação, vai perder.  Bolsonaro deve retirar o nome dele e apresentar outro mais palatável ao Senado”.

Além disso, sobre investigações de governadores e prefeitos, o senador reconhece que a própria legislação impede a investigação em outras esferas, inclusive junto aos governadores.

“O Supremo(Tribunal Fedearl) entendeu que cabe às assembleia legislativas e câmaras municipais fazerem estas investigações”, diz.

Eleições 

Por sua vez,  Costa acha ainda prematuro apostar na polarização entre Bolsonaro e Lula para as eleições em 2022.

E ainda: que Bolsonaro estaria fora do segundo turno.

“Ainda é cedo assegurar qualquer cenário”, salienta.

Dessa forma, em seu segundo mandato no Senado, Costa deixou em aberto a possibilidade  de concorrer às eleições ao governo do Estado pernambucano em 2022.

Portanto, tudo passará por uma discussão nacional entre PT e PSB, estremecida após a disputa pela prefeitura de Recife envolvendo os primos João Campos, eleito prefeito, pelo PSB e Marília Arraes, pelo PT.

Ou seja, se a aliança ocorrer em apoio ao ex-presidente Lula em âmbito nacional, o PT irá apoiar o PSB no Estado.

Caso contrário, há a possibilidade do partido lançar candidato.

Assim, caberia ao senador tornar-se cabeça de chapa, se assim entender a frente popular de partidos de esquerda que devem apoiá-lo.

“Mas tudo caminha para uma união PT – PSB”, salienta.

Além disso, o senador também falou sobre outros temas, como demarcação de terras indígenas, regulamentação da mídia, Mercosul, entre outros tópicos.

 

Confira a entrevista completa

 

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.