Câncer de cabeça e pescoço deve registrar quase 40 mil novos casos no Brasil | Boqnews
Julho Verde: período para reflexão e combate às doenças de cabeça e pescoço. Foto: Divulgação

Julho Verde

05 DE JULHO DE 2023

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Câncer de cabeça e pescoço deve registrar quase 40 mil novos casos no Brasil

Nódulos no pescoço, ferida, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na boca que não cicatrizam são alguns dos sintomas

Por: Da Redação

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Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam que somente neste ano 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço irão surgir no Brasil.

Os números incluem casos de cânceres de cavidade oral, tireoide e laringe.

Fumo, consumo de álcool, antecedentes familiares são alguns dos fatores que contribuem para o surgimento da doença.

Aliás, mais frequentes em homens, acima dos 40 anos.

Portanto, os sintomas mais comuns passam pela rouquidão frequente, ferida na boca e dor de garganta constante.

“Nódulos no pescoço, ferida, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na boca que não cicatrizam, dificuldade para engolir, rouquidão ou alterações na voz persistente por mais de 15 dias são os principais alertas”, afirma o médico cirurgião especialista em cabeça e pescoço, Rogério Dedivitis.

Ele participou do Jornal Enfoque desta terça (4), onde falou sobre sintomas e os cuidados.

Ex-presidente da entidade e uma das maiores autoridades no assunto, Dedivitis explicou os riscos e os cuidados que as pessoas devem ter para identificar eventuais problemas.

“Se a doença for encontrada no início, a cura chega de 80% a 90%. No entanto, a maioria dos casos já chegam em estágio avançado da doença”, salienta.

Sinal de alerta

Dessa maneira, tais sintomas são bem comuns – e há alguma associação com casos familiares – o sinal de alerta deve estar aceso.

Afinal, os tumores de boca representam o quarto tipo de câncer mais comum entre homens no Brasil.

Dessa maneira, outras áreas que o profissional de cabeça e pescoço atua são a nasofaringe, orofaringe, laringe, seios nasais, glândulas salivares, tireoide e pele de rosto e pescoço.

Portanto, diante da importância de se discutir sobre esta doença, cuja letalidade supera 50% caso a identificação demore, o mês de julho serve de reflexão e discussão sobre o Julho Verde.

A campanha surgiu em 2015, com apoio da Organização Mundial de Saúde e tem o apoio no Brasil da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

O médico Rogério Dedivitis falou dos riscos da doença e a importância do diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço. Foto: Carla Nascimento

Razões

Afinal, dificuldades de acesso ao serviço, negligência e desconhecimento, inclusive de profissionais para identificar os problemas, são algumas das razões do surgimento do câncer.

Dessa forma, um exemplo é o câncer de corda vocal, se identificado logo no início, com chance de 90% de cura.

“Só a cirurgia possibilita a cura, sem traqueostomia, caso identificada cedo”, salienta.

Além disso, ele também salientou que um calo vocal – mais comum entre profissionais que usam a voz com maior frequência, como radialistas, professores, médicos, cantores, por exemplo – não se transformam em câncer.

“Os calos são uma reação a uma doença. É essencial o uso adequado da voz e o devido repouso. A voz deve ser usada de forma confortável. Não adianta falar cada vez mais alto quando se está em um ambiente com som elevado. O calo não é cirúrgico”, destacou.

No entanto, ao contrário de outros países, onde a identificação deste tipo de câncer é feita pelo otorrrinolaringologista, no Brasil tais tratamentos são feitos por um profissional em doenças de cabeça e pescoço.

Responsável pelo Ambulatório de Câncer da Laringe no Hospital das Clínicas, na Capital,  com atendimento todas as quartas-feiras à tarde, Deditivis ressalta que o atendimento tem crescido nos últimos meses, especialmente após a pandemia da Covid-19.

“A pandemia piorou a situação”, reconhece.

“Estamos recebendo casos graves, cujo tratamento será paliativo”, reconhece.

Assim, ele destaca que os casos mais difíceis chegam justamente de pacientes provenientes da área pública.

“Infelizmente, existe esta diferença”, lamenta.

Plano de saúde x SUS

Ou seja, a velocidade para identificação dos problemas na comparação de um paciente portador de um plano de saúde ou particular e um paciente do SUS é bem diferente.

Na Baixada Santista, um paciente proveniente do SUS que tenha suspeita de algum problema na região de cabeça e pescoço deve procurar um clínico geral em alguma unidade básica de saúde.

De lá, o profissional, ao identificar o problema, irá encaminhar o paciente a algum ambulatório de Especialidades para verificação da situação.

Por sua vez, em Santos, este tipo de atendimento ocorre no Ambesp, Hospital Guilherme Álvaro e o AME – Ambulatório de Especialidades, na Aparecida.

Dicas

Para prevenção da doença, o médico ressalta que o paciente deve ter uma alimentação saudável, praticar atividade física regular, manter higiene bucal em dia.

Além disso, evitar consumo de bebidas alcoólicas, usar protetor solar e não fumar.

Assim, não bastasse, manter relações sexuais com preservativos para evitar a infecção por HPV.

“Por isso, a importância da vacina”, salienta.

Confira o programa completo

 

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