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Mala

Crescimento de 8,5%

28 DE JUNHO DE 2023

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Baixada Santista perde moradores em cidades centrais e expande nos extremos

Praia Grande se consolidou como o segundo maior município da Baixada Santista e se o ritmo atual for mantido passará Santos na próxima década

Por: Fernando De Maria

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Com a divulgação definitiva do Censo 2022 nesta quarta-feira (28), algumas curiosidades podem ser comprovadas.

E outras desmitificadas.

Por sua vez, este aumento ocorreu nos extremos do território envolvendo as nove cidades da Região Metropolitana de 2 419,930 km2 – menos de 1% da área do estado de S. Paulo.

Por exemplo: Praia Grande se consolidou como o segundo maior município da Baixada Santista e se o ritmo atual for mantido passará Santos na próxima década.

Afinal, a Baixada Santista cresceu 8,5% nos últimos 12 anos (entre o Censo de 2010 e o de 2022, que prosseguiu ainda este ano).

Graças não só a Praia Grande, mas também aos municípios do Litoral Sul e Bertioga, a cidade mais nova da região.

Extremos, portanto, do centro geográfico da Baixada Santista.

Ao todo, a região teve um crescimento bem desigual.

Em números, foram 141.315 moradores acrescidos nos últimos 12 anos (o censo demorou a ocorrer em razão da pandemia) – média adicional de 11.776 munícipes/ano.

Ou quase 1 mil/mês.

Para facilitar, 31,4 por dia – ou pouco mais de um novo morador por hora.

Queda

Por sua vez, Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão perderam moradores.

Esta última em maior número, aliás.

Em 2010, Cubatão tinha 118.720 moradores. Hoje, são 112.471 – redução de 5,2%.

Com isso, a cidade foi ultrapassada por Itanhaém, no litoral sul paulista, por apenas 5 moradores.

Vale lembrar, porém, que em 2010, Itanhaém tinha 87.057 moradores e agora 112.476 – alta de 29,2%.

Assim, Itanhaém ganhou 25.419 novos moradores no período – média de 2.118/ano ou quase 6 por dia.

Ao contrário de Cubatão, que viu perder uma parcela considerável da população.

Esta variação alterou um quadro impensável há algum tempo.

Hoje, Cubatão ocupa a sexta colocação entre as cidades da Baixada Santista.

Entre as cidades da região, Bertioga registrou a maior taxa de crescimento.

Se a atual taxa for mantida, a cidade – a mais nova da Baixada – ultrapassará Peruíbe.

Geografia

Tirando Cubatão, a explicação para perda de moradores nas outras cidades tem uma relação geográfica lógica.

As três cidades (Guarujá exclusivamente) tem sua maioria de moradores vivendo em ilhas, com redução de espaço físico e natural verticalização – e o natural aumento do valor do m2.

No caso de Guarujá, toda a população reside na Ilha de Santo Amaro.

Com imóveis mais caros em razão da falta de áreas livres, as pessoas tendem a migrar para municípios vizinhos, como explica o presidente do Creci-SP, João Augusto Viana Neto.

“Santos não tem mais onde crescer. O preço do m2 é diferenciado. Em Praia Grande, por exemplo, os valores dos imóveis são bem menores”, salientou durante participação do Jornal Enfoque desta quarta (28).

Durante o Jornal Enfoque, o presidente do Creci SP, José Augusto Viana Neto, comentou que os preços menores de imóveis em cidades do Litoral Sul, especialmente Praia Grande, são um atrativo para moradores da região. Foto: Carla Nascimento

Santos tem 95% da população morando na área insular da Ilha de São Vicente e divide território com a cidade vizinha, onde boa parte dos moradores também residem – a despeito da expansão da área continental vicentina, mas vários trechos são de proteção ambiental.

Cidade foi a que mais cresceu em termos populacionais na última década. Se o ritmo se manter, a cidade passará Santos na próxima década. Foto: Divulgação

Explosão de novos moradores

Por sua vez, Praia Grande, com apenas 57 anos e ampla área de expansão como seu próprio nome diz, tem registrado uma ‘explosão’ de novos moradores, vários deles provenientes de municípios vizinhos.

Assim, é comum moradores saírem do aluguel em Santos ou São Vicente e buscarem um imóvel próprio em Praia Grande, por exemplo.

Não é à toa que Praia Grande se tornou o segundo maior município da Baixada Santista atrás apenas de Santos.

Portanto, se a taxa de crescimento de 33,5% se mantiver para os próximos anos, Praia Grande se transformará na maior cidade da Baixada Santista na próxima década.

Portanto, questão de tempo.

Afinal, entre os dois censos, 87.884 moradores migraram para a cidade – número superior à população de cidades como Peruíbe, Mongaguá e Bertioga, por exemplo.

Média impressionante de 7.323 novos munícipes por ano.

Ou seja, é como se a cidade ganhasse 20 moradores por dia.

 

4,06% da população paulista

Assim, em termos populacionais, a região abriga 4,06% da população paulista.

Ou seja, 1.805.451 pessoas de um total de 44.420.459 paulistas.

Porém, em termos econômicos, a Baixada Santista representa apenas 3,0% do PIB (Produto Interno Bruto) de São Paulo, conforme levantamento divulgado nesta semana pela Fundação Seade.

Ou seja, o índice econômico regional do PIB é inferior em 25 pontos percentuais à média populacional.

 

Brasil

Dessa forma, o Censo 2022 mostra que a população do Brasil atingiu 203.062.512 pessoas, com aumento de 12,3 milhões desde a última coleta, feita para o Censo 2010.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados nesta quarta (28).

Portanto, a diferença, de 6,5%, significa que o crescimento médio da população nos últimos anos chegou a 0,52%, o menor registrado no país desde 1872, quando ocorreu o primeiro Censo no País.

Os dados têm como data de referência o dia 31 de julho de 2022 e fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022.

Confira o lançamento dos dados

 

(*) Com informações da Agência Brasil

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