Santos vai antecipar o fechamento das praias, especialmente no trecho da faixa de areia.
Por enquanto, os calçadões serão mantidos.
Deverá haver fechamento com gradis.
“Mas o melhor fechamento é a conscientização das pessoas”, salientou o prefeito Rogério Santos durante coletiva realizada no início da noite de hoje (11).
Além disso, as escolas municipais estarão sem aulas a partir de segunda (15), assim como as particulares.
As medidas irão valer durante o período da Fase Emergencial do Plano São Paulo, que prossegue até o dia 30.
A interdição da praia inclui também a proibição de atividades individuais e esportes no mar.
O decreto municipal contendo as regras desta restrição será publicado na edição desta sexta-feira (12) do Diário Oficial.
Prefeito Rogério Santos assina decreto que antecipa o fechamento das praias para sábado, com fechamento da faixa de areia Foto: Arquivo
Pedidos
Nesta sexta, Santos levará algumas reivindicações a representantes do Governo do Estado: maior verba para abertura de leitos UTI, visando atender pacientes de covid-19, a suspensão da operação descida no sistema Anchieta-Imigrantes, para diminuir a vinda de veículos de turistas à região.
E ainda reforço no efetivo da Polícia Militar, devido à necessidade de maior controle das novas exigências impostas pela Fase Emergencial.
“A interdição das praias é uma medida drástica, mas estamos em um momento muito difícil porque o vírus vem avançando na nossa região. É uma situação bem pior do que enfrentamos recentemente. Conto com a colaboração dos santistas para que repitam o exemplo que deram durante o Réveillon, respeitando integralmente esta determinação”.
Ao justificar as medidas restritivas, Santos citou como exemplo a ocupação total dos leitos Covid da UTI do Hospital Guilherme Álvaro (administrado pelo Estado) e 95% da ocupação do Hospital Vitória, parceria entre Prefeitura e Estado, em imóvel cedido pelo grupo Amil.
Decreto
Um decreto que será publicado no sábado (13) ou segunda (15) vai tratar das restrições impostas pelo Governo do Estado na Fase Emergencial, em vigor entre os dias 15 e 30 de março.
A decisão levará em consideração o decreto estadual a ser publicado neste sexta (12).
Equipes da Administração Municipal vão discutir, nesta sexta-feira, como cumprir as novas regras do Estado, entre as quais o toque de recolher das 20h às 5h e restrições completas como a de retirada em lojas de material de construção, academias, celebrações religiosas, como missas e cultos, e de esportes coletivos.
Mais leitos
O prefeito também salientou que os profissionais da área da saúde estão exauridos.
Afinal, não bastasse o crescimento dos casos de Covid-19, a Cidade e região vivem epidemia de dengue e Chikungunya.
Ao todo, Santos já registrou 60 casos oficiais de dengue e 84 de Chikungunya.
Rogério Santos também salientou que o Município irá abrir, gradativamente, 60 leitos UTI para atender pacientes de covid-19 na UPA Central, UPA Zona Leste e Hospital Vitória.
“O custeio é menos de 50% do que gastamos. A diferença é feita com recursos municipais”, salientou.
Outro ponto preocupante destacado pelo prefeito é que por mais leitos que possam ser abertos não existem equipes médicas para atender os pacientes.
“As equipes de saúde estão esgotadas. Temos condições de abrir mais leitos, mas não existem mais equipes médicas. Começam a faltar especialistas para atendimento em UTIs, inclusive em nossa Cidade”, enfatizou.
No entanto, em algumas cidades da Baixada Santista, já faltam leitos de UTI.
Assim, nesta quinta (11), a ocupação dos 649 leitos Covid-19 estava em 58%.
Entre os 288 leitos de UTI, a ocupação é de 68%.
Já na rede SUS, a taxa é de 58% e na rede privada, 82%.
Entre moradores fora de Santos e da Baixada são 38 pessoas internadas em estado grave, sendo 25 da Baixada e 13 de outros municípios, como os do ABC/Grande SP.
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