Saiba como agir para evitar contaminação com o vírus da raiva | Boqnews
Foto: Divulgação raiva

Saúde

10 DE AGOSTO DE 2019

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Saiba como agir para evitar contaminação com o vírus da raiva

A médica Marcia Gallego Monte, da Seviep, informa que apenas cinco pessoas no mundo sobreviveram à doença, duas delas foram no Brasil

Por: Da Redação

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O que os acidentes que envolvem mordidas e arranhadas de cães, gatos, macacos e morcegos têm em comum?

Devem ser tratados com muita seriedade, pois estas, além de lambidas em local ferido, são formas de transmissão do vírus causador da raiva.

Doença que leva animais e humanos à morte. 

Tentar manter a calma, lavar a ferida com água corrente e sabão e procurar o serviço de saúde o mais breve possível é muito importante para iniciar a prevenção à doença, após uma possível exposição ao vírus.

A Secretaria de Saúde de Santos, por meio da Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep), atualizou o protocolo de atendimento de pessoas que tiveram acidentes com esses animais e capacitou as equipes das policlínicas.

A Seviep já iniciou as capacitações nas unidades de pronto atendimento e começará em breve o contato com os hospitais da rede particular.

As policlínicas devem atender, sem agendamento, todos os pacientes que tiveram algum tipo de acidente com esses animais para a realização da primeira avaliação. 

As unidades de pronto atendimento também podem ser procuradas pelo munícipe para que recebam o primeiro atendimento.

 

Local e prevenção

Na unidade que o paciente procurou será definida a conduta de prevenção ao vírus.

Porém, dependendo do tipo de exposição que a pessoa teve e do animal que a atacou.

Caso seja necessária a vacina antirrábica, a policlínica que realizou o primeiro atendimento encaminha o paciente para uma das três policlínicas que a aplicam.

Neste caso, Nova Cintra (Rua José Ozéas Barbosa s/nº) Gonzaga (Rua Assis Correia, 17) e Bom Retiro (Rua João Fraccaroli s/nº).

Já o soro antirrábico é aplicado apenas em ambiente hospitalar, pois o paciente necessita ficar por duas horas em observação.

“Todos que têm algum tipo de acidente com esses animais precisam se precaver. Visto que a raiva é uma doença que leva à morte em quase 100% dos casos. Há apenas o registro de cinco pessoas em todo o mundo que sobreviveram à doença. Duas delas no Brasil, a primeira em 2008 e a outra em 2018. No entanto, sempre com sequelas neurológicas graves”, destaca a médica Marcia Gallego Monte, da Seviep.

 

Casos em Santos

O último caso de raiva identificado em animal no município de Santos ocorreu em 2016.

Neste caso, em um morcego encontrado morto no bairro do Gonzaga.

A Sevicoz foi acionada, retirou o animal e o encaminhou para análise no Instituto Pasteur, que detectou a doença após exames laboratoriais.

A Sevicoz deve ser acionada sempre que um morcego for encontrado vivo ou morto para que possa realizar esse trabalho de investigação.

Em cães e gatos, não há registro de raiva há mais de 30 anos em Santos.

 

Conheça o novo protocolo

 – No caso de acidente leve com animal próprio ou de pessoa próxima: observar durante dez dias. Caso o animal permaneça sadio, o caso é encerrado. Se o animal desaparecer ou se tornar raivoso, a vítima deve tomar 4 doses da vacina antirrábica humana;

– No caso de acidente grave com animal próprio ou de pessoa próxima: observar durante dez dias. Caso o animal permaneça sadio, encerrar o caso. Se o animal desaparecer ou se tornar raivoso, a vítima deve tomar quatro doses da vacina antirrábica humana mais o soro antirrábico;

– No caso de acidente leve com cão ou gato clinicamente suspeito (salivação abundante, dificuldade para engolir, paralisia nas patas traseiras no momento da agressão), a vítima deve tomar duas doses da vacina antirrábica e o animal observado pelos próximos dez dias. Se a suspeita de raiva for descartada, o caso é encerrado. Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, a vítima deve tomar quatro doses da vacina antirrábica; 

– Acidentes graves com cão ou gato clinicamente suspeito (salivação abundante, dificuldade para engolir, paralisia nas patas traseiras no momento da agressão), a vítima deve tomar quatro doses da vacina antirrábica mais o soro antirrábico, além do animal ser observado por dez dias após a agressão;

– No caso de cães e gatos sem dono ou animais sem tutor que apareçam mortos após a agressão, a vítima deve tomar quatro doses da vacina quando for um acidente leve ou vacina e soro antirrábico quando se tratar de acidente grave;

– Para casos que envolvam morcegos, macacos, raposas ou outros animais silvestres, a indicação é a aplicação da vacina e do soro antirrábicos.

O tipo de acidente, se leve ou grave, é caracterizado após avaliação médica.

 

A doença

A hidrofobia, popularmente conhecida como raiva, é uma doença causada pelo vírus Lyssavirus, que costuma atacar o sistema nervoso.

Ele entra no corpo por meio de uma lesão na pele, atinge os nervos até alcançar o cérebro.

Fase em que geralmente começam os sintomas.

Como mal-estar, febre baixa, dor de cabeça e garganta, falta de apetite, vômitos e desconforto gastrointestinal. 

A evolução da doença causa encefalite e outros sintomas como hiperexcitabilidad; confusão mental; agressividade; alucinações; crises convulsivas; espasmos musculares; produção excessiva de saliva; dificuldade para respirar e engolir e febre alta.

Depois, o doente passa a ter hidrofobia, aerofobia e fotofobia – espasmos após contato com água, corrente de ar ou excesso de claridade.

Por fim, o vírus traz paralisia, que evolui para o coma e morte por parada respiratória. 

Os contatos da Sevicoz são 3257-8048, 3257-8044 ou 3257-8032.

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