Com índices econômicos de primeiro mundo, Santos volta ao centro das atenções, com mais mortes no início da semana.
Como reflexo, ônibus incendiados deixando milhares de moradores da Zona Noroeste sem transporte público – ou precário.
Fruto do descaso que as autoridades de todos os níveis deixaram a Baixada Santista ao longo das últimas décadas.
População teve que andar quilômetros para subir e descer dos ônibus na Zona Noroeste em razão dos ataques provocados por mortes de traficantes. Foto: Carla Nascimento
Santos, cidade dos extremos
Na verdade, em razão da sua relevância e de abrigar o maior porto da América do Sul, Santos e região empurraram moradores para as periferias.
Não é só em Santos, mas também nas cidades vizinhas.
Um verdadeiro bolsão de pobreza ao redor.
Sem políticas públicas consistentes, as comunidades ficam à mercê do poder paralelo.
Assim, tudo isso se reflete na violência que atinge especialmente os moradores das comunidades.
E quando extrapola deste ambiente, ganham as manchetes.
Fica claro, portanto, que se o Estado não implantar políticas públicas consistentes para dar novas perspectivas às novas gerações, viveremos um círculo vicioso.
E que só irá piorar.
Incêndio iniciou na noite de quinta-feira na unidade do Samu, no Boqueirão. Foto: Divulgação Redes Sociais
Sem crime
Dois dias depois após o incêndio nos ônibus, um novo episódio ocorreu na unidade do Samu, no Boqueirão (foto acima), levando dúvidas se era um novo ataque.
A despeito da apuração estar a cargo da polícia civil, o secretário de Segurança Sergio Del Bel descarta que o incêndio tenha sido criminoso.
E enumera questões, como o fato do fogo se limitar à unidade e nenhum quadriciclo (eram 14 no local) da Guarda Municipal ter sido atingido pelas chamas.
O incêndio se concentrou na unidade do Samu, não atingindo os quadriciclos, o que faz o secretário descartar um eventual ataque. Foto: Fernando De Maria
Podemos no Jumbão
O prefeito Rogério Santos (Republicanos) aproveitou a ida até Brasília na última quarta para selar o apoio do Podemos à sua reeleição, após encontro com a presidente da legenda, deputada federal Renata Abreu.
Além do Podemos, já confirmaram passagem no Jumbão do prefeito os partidos União Brasil e PP.
E os apoios ainda vão crescer.
Ação e reação
Em foto (imagem acima) nas redes sociais ao lado da deputada, o prefeito agradeceu o apoio do presidente municipal da legenda, Leandro Chaddad, e do vereador Fabrício Cardoso.
Dessa forma, com a decisão, o edil Fábio Duarte pode ir para o PL – mas não bateu o martelo – em razão do apoio à deputada Rosana Valle (PL).
Médico epidemiologista Fábio Mesquita descartar voltar a concorrer, apesar dos convites. Foto: Carla Nascimento/Arquivo
Sem participação
Uma das maiores autoridades em saúde pública e especialista em Aids e DSTs no mundo, o médico Fábio Mesquita descarta que irá concorrer à vereança novamente, posto que ocupou como suplente nos anos 90.
Agenda internacional
Mesquita, que atua como consultor internacional independente, mas com a bagagem de 15 anos trabalhando no exterior, 12 dos quais para a Organização Mundial de Saúde (OMS), tem uma agenda cheia de compromissos científicos.
De volta a residir em Santos, ele atualmente está na Alemanha e depois seguirá para Angola para participar de congressos e simpósios.
Legislativo descartado
Ex-presidente da Câmara, Sadao Nakai, irá se filiar a alguma legenda até o início de abril.
No entanto, não disputará uma vaga ao Legislativo, como assegurou durante o Jornal Enfoque nesta segunda.
Aliás, seu nome ganha força para ser vice da deputada Rosana Valle (PL).
Atualmente, ele colabora com o plano de governo da parlamentar, que ainda não anunciou sua pré-candidatura.
Confira o programa
Nova geração
O servidor federal Leonardo Perez, 37 anos, tem sido sondado para disputar uma cadeira pelo Legislativo de Santos.
Um dos autores da página Sobreviver em Santos, com diversas denúncias sobre questões da cidade, ainda não bateu o martelo.
Aliás, um encontro na próxima semana deverá definir seu futuro na política.
Quem responde?
Quantas…
novas páginas e perfis nas redes sociais, várias delas nitidamente ligadas a grupos políticos, irão surgir até as eleições?