Boa alimentação previne doenças, em especial o câncer do intestino | Boqnews
Foto: Canva

Saúde

08 DE AGOSTO DE 2023

Siga-nos no Google Notícias!

Boa alimentação previne doenças, em especial o câncer do intestino

Uma alimentação saudável combinada com um estilo de vida ativo reduz significativamente as chances de câncer de intestino, segundo a nutricionista Luciana Kirsten.

Por: Carla Nascimento

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

A alimentação desempenha um papel crucial na prevenção de doenças, incluindo o câncer de intestino.

Portanto, uma dieta equilibrada e rica em fibras provenientes de frutas, legumes e grãos integrais pode ajudar a regular o trânsito intestinal e reduzir o risco de câncer colorretal.

Além disso, recomenda-se limitar o consumo de carnes processadas e vermelhas, bem como evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco.

Afinal, esses hábitos podem aumentar a suscetibilidade à doença.

Combinando uma alimentação saudável com um estilo de vida ativo é possível reduzir significativamente as chances de desenvolver o câncer de intestino e promover uma saúde melhor, enfatiza a nutricionista Luciana Kirsten.

Quais são os principais alimentos que podem contribuir para a prevenção do câncer de intestino?

Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) de 80% a 90% dos casos de câncer colorretal estão associados a fatores externos.

Isso inclui os hábitos alimentares e que um em cada três casos poderia ser evitado com a adesão à uma alimentação equilibrada.

A nutricionista também explica que praticar uma rotina alimentar rica em fibras, composta de alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos e sementes, probióticos e consumo adequado de água, além de atividade física regular, ajudam a previne o câncer do intestino.

Existem alimentos específicos que devem ser evitados ou reduzidos na dieta?

Evitar processos inflamatórios no corpo é importante para a manutenção da nossa saúde e não é diferente para a prevenção do câncer de intestino.

Portanto, consumir alimentos anti-inflamatórios é indispensável.

Além disso, evitar os alimentos ultra-processados que contém excesso de conservantes, aditivos químicos, gorduras, sódio, adoçantes, refinados.

E ainda: restringir carne vermelha, fast-food, frituras, embutidos (salsichas, salames, linguiças) e bebidas alcoólicas são escolhas importantes para a prevenção do câncer de intestino.

Foto: Divulgação

Câncer

O câncer é uma doença que apresenta crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo.

Os fatores de risco dessas neoplasias podem ser tanto internos, como a pré-disposição genética e a incapacidade da defesa imunológica, quanto externos, como hábitos alimentares, estilo de vida e o meio ocupacional.

E os hábitos alimentares podem influenciar este processo.

Dessa forma, manter o equilíbrio quantitativo e qualitativo da microbiota intestinal é uma ótima opção preventiva.

Assim, Luciana também explica que após uma avaliação criteriosa no consultório, ela indica quando deve ocorrer a ingestão de probióticos e prebióticos ou a combinação dos dois, simbióticos.

Estes recursos apresentam-se como uma medida positiva para a elevação da saúde intestinal.

Qual é o papel das fibras alimentares na proteção contra o câncer de intestino e quais são as melhores fontes de fibras na alimentação?

As fibras cumprem efeito protetivo contra o câncer de cólon e reto, pois por meio delas acontece uma aceleração do trânsito intestinal. Assim, reduzindo o contato direto entre os agentes carcinogênicos fecais com a mucosa intestinal.

Isso ocorre com o aumento do bolo fecal e, como consequência, a diluição dos agentes carcinogênicos.

As fibras podem absorver os sais biliares, os quais são considerados agentes favoráveis ao surgimento e desenvolvimento do câncer de cólon e reto.

Assim, a fermentação das fibras alimentares por ação bacteriana pode gerar ácidos graxos de cadeia curta, diminuindo o PH do meio.

Além disso, reduz a conversão de ácidos biliares, criando um ambiente menos propício para o desenvolvimento da neoplasia e pelas fibras terem um modulador da glicemia e insulina. Dessa maneira, o consumo elevado de produtos refinados está associado ao aumento do risco deste tipo de câncer.

Para a indicação de fibras e prebióticos é indispensável consultar um profissional de Nutrição, pois ele poderá avaliar a condição atual da sua microbiota intestinal e fazer indicações com segurança.

Uma dieta com baixo teor de gordura pode ter algum impacto na prevenção do câncer de intestino?

Cientistas do Salk Institute (Instituto de Pesquisas Biológicas na Califórnia, Estados Unidos) lideraram um estudo que sugere que as dietas ricas em gordura estimulam o crescimento do câncer colorretal, pois a ingestão de gordura prejudica o equilíbrio dos ácidos biliares no intestino e assim desencadeia um sinal hormonal que permite que células potencialmente cancerígenas evoluam

 

Quais vitaminas são mais recomendadas como preventivas para o câncer de intestino?

 

O recomendadas são as encontradas em alimentos que funcionam como antioxidantes e que poderá fornecer ao organismo substâncias imprescindíveis para combater os radicais livres que atacam as células.

A prescrição para consumo de vitaminas precisa ser recomendada por um médico ou nutricionista. Pois os especialistas irão considerar as necessidades nutricionais e metabólicas após avaliação clínica e bioquímica criteriosas.

 

Alerta

 

Sempre que possível, dê preferência a alimentos naturais e integrais e consuma moderadamente os óleos vegetais saudáveis, como óleo de canola e azeite de oliva extra virgem.

Quais são as orientações sobre o consumo de carne vermelha e processada em relação ao risco de câncer de intestino?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), carnes como de boi, porco, cordeiro e bode possuem grandes quantidades de ferro heme, um nutriente essencial ao organismo, mas que, se consumido em excesso, pode ter efeito tóxico sobre as células, explica a nutricionista Luciana Kirsten

O INCA recomenda um consumo de até 500 gramas de carne vermelha cozida por semana.

As carnes processadas, categoria que inclui alimentos como bacon, presunto, salame e salsicha, por exemplo, também estão associadas a um risco mais elevado para o câncer colorretal. Elas são encontradas congeladas na maioria das vezes.

O processamento da carne vermelha se dá pelo método de cura, que consiste no acréscimo de sal, açúcar ou nitrato/nitrito.

Essas substâncias levam à produção de compostos chamados N-nitrosos (NOC), que, após serem metabolizadas no nosso organismo, geram compostos químicos mutagênicos que lesam o nosso DNA.

 

Suplementos alimentares, como cálcio e vitamina D, podem estar associados à prevenção do câncer de intestino? Caso positivo, quais seriam as doses recomendadas?

Os artigos com evidências afirmando que vitamina A, D, linhaça e ômega-3 contribuem de várias formas para a prevenção, envolvidos na inibição de proliferação, formação e progressão dos focos, induzindo diferenciação celular e apoptose (morte celular programada).

As vitaminas A e D, juntamente com a linhaça e o ômega-3, trouxeram efeitos positivos em relação ao risco de câncer colorretal por seu papel anti-inflamatório, antioxidante e imunomodulador (substâncias que atuam no sistema imunológico). Dessa forma, aumentando o potencial preventivo da alimentação, reduzindo o risco para desenvolver o câncer colorretal.

Quanto a recomendação de doses, estas devem ser apenas prescritas de forma individualizada pois dependem de informações bioquímicas (exames de sangue) para sua devida prescrição.

 

Além da alimentação, quais outros hábitos de estilo de vida são importantes para reduzir o risco de câncer de intestino?

Algumas atitudes importantes como medidas preventivas:

Rotina

– Consultas preventivas ao médico e ao nutricionista especialistas (o médico irá acompanha-lo por meio de exames de rotina . O nutricionista irá acompanhá-lo prevenindo o sobrepeso por meio de rotina alimentar individualizada de acordo com as necessidades nutricionais).

As diretrizes atuais recomendam consultas de triagem com exames de sangue oculto nas fezes e colonoscopia com pacientes a partir de 45 anos se não houver nenhum risco de câncer.

A atualização das diretrizes se dá após a observação de casos de câncer colorretal entre pessoas mais jovens.

– Praticar atividade física além de contribuir para a manutenção do peso pode estimular os movimentos intestinais facilitando a evacuação

– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o fumo, além do consumo de carne processada.

Exemplos de carne processada

– Bacon, linguiças, salsichas, nuggets de frango, presuntos, pepperoni, salame, carnes enlatadas e entre outros.

É Importante aumentar o consumo de fibras como frutas, verduras, legumes, grãos e prebióticos, preferencialmente com a orientação de um (a) nutricionista para que a indicação de quantidade e frequência estejam respeitando as necessidades nutricionais.

Hábitos saudáveis são eficientes para prevenir vários tipos de doenças inclusive o câncer colorretal.

A pessoa que tem prisão de ventre tem mais propensão a câncer de intestino?

A prisão de ventre de longa duração não é um sintoma exclusivo do câncer colorretal sendo também provocado por outras doenças.

Este é um sintoma que deve uma atenção especial porque evidencia alterações na microbiota intestinal e evidencia baixa motilidade intestinal. Dessa forma, sendo indispensável o quanto antes o atendimento médico.

Dessa forma, a lentidão no trânsito intestinal e o longo contato de substâncias com a parede do intestino e a alteração da microbiota intestinal podem causar câncer.

Desse modo, vale lembrar que consultar um profissional de saúde para orientação personalizada é fundamental. Assim como influenciar parentes e amigos para alcançarem um hábito de alimentação saudável visando uma qualidade de vida melhor.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.