Em operação polêmica desde novembro do ano passado, a empresa Jet Sharing anunciou a interrupção dos seus serviços em Santos, no litoral paulista.
Uma série de polêmicas envolvendo a empresa contribuiu para a situação.
A alegação é que a Prefeitura não concedeu o alvará para funcionamento da empresa na Cidade.
Isso apesar de se passarem mais de 90 dias de funcionamento pelas ruas da Cidade, com abusos e acidentes, alguns graves.
A Prefeitura reconhece que a negativa ao pedido de alvará da empresa.
Em nota à Imprensa, a JET informa a interrupção ‘temporária’ das atividades na cidade, após recente reunião com a Prefeitura.
Os 150 mil usuários cadastrados na unidade local podem requerer devolução de saldos de depósitos – exceto valores de bônus – com a equipe de suporte da empresa.
Segundo a Jet, a interrupção das atividades deve-se à decisão da Prefeitura em negar alvarás para empresas que aluguem patinetes na cidade, sob o argumento de que o Município nunca regulamentou o serviço.
Isso a despeito do funcionamento do serviço há tempos, inclusive com a presença de outra empresa, a Flip On, que deixou o município recentemente.
Antes, até a Uber operou com o serviço de patinetes, sem sucesso.
Interessante é que a empresa, com sócios estrangeiros, operava exclusivamente em Santos, sem acesso aos municípios vizinhos – e mesmo assim, apenas nos bairros intermediários e na orla.
Portanto, longe de oferecer na prática um serviço de mobilidade plena, apesar da promessa.
No comunicado, a JET informa que busca, em diálogo com o Poder Público, uma solução para continuidade do serviço – à medida que seu alvará seguia válido até dezembro de 2024.
Impostos
Com 40 colaboradores em Santos, a JET mantém seus impostos em dia, segundo a empresa.
No entanto, não informou quais impostos paga ao município, pois não há cobrança de ISS – Imposto sobre Serviços, ao contrário do que ocorre na Capital.
Além disso, segundo a nota, já arcou em fevereiro com mais de R$ 30 mil em multas à Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET-Santos) em razão de constantes operações municipais de apreensão de veículos, por clientes descumprirem leis de trânsito.
Aliás, na semana passada, a empresa comunicou que a multa seria repassada aos clientes (valor de R$ 150,00), quando os patinetes fossem recolhidos.
Quem solicitar a devolução dos recursos, pode contatar a empresa pelo e-mail [email protected], WhatsApp (13-99137-4203) e Telegram (https://t.me/jetbr_apoio_bot).
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